Petrobras (PETR4) explica à CVM declaração de Bolsonaro que antecipava queda no preço da gasolina

A Petrobras (PETR4) respondeu, nesta sexta-feira (2), o questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a respeito da fala do presidente Jair Bolsonaro (PL), antecipando notícia de redução do preço da gasolina.

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Na última quarta-feira (31), o candidato à reeleição afirmou que a Petrobras soltaria uma “boa notícia” a respeito do preço da gasolina.

“Combustíveis toda semana temos uma boa notícia. Hoje é quarta-feira, eu acho que até sexta vai ter mais uma boa notícia porque está sendo uma prática do novo presidente da Petrobras”, disse Bolsonaro durante comício.

No dia seguinte, quinta-feira (1º), a companhia divulgou uma redução de 7,08% no preço da gasolina. Foi a segunda queda no valor do preço do combustível em pouco mais de duas semanas, e a quarta em quase dois meses.

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preço do combustível vendido às distribuidoras foi de R$ 3,53 para R$ 3,28, uma redução de R$ 0,25, iniciado nesta sexta. O preço dos demais combustíveis não foi alterado.

A nova alteração no preço da gasolina já havia sido alterada no dia 16 de agosto. Desde o dia 12 de agosto, o preço do litro do diesel segue em R$ 5,19.

“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio“, diz a Petrobras em nota.

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Em ofício, a CVM requisitou que a petroleira esclarecesse por que o anúncio foi antecipado ao presidente. “Esclareça se a notícia é verídica e, caso afirmativo, explique os motivos pelos quais entendeu não se tratar de fato relevante, bem como comente outras informações consideradas importantes sobre o tema”, pediu a comissão.

Após o fechamento do mercado, a Petrobras divulgou nota ao mercado, em resposta à CVM:

“A Petrobras esclarece que não antecipa decisões e que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes, conforme ocorreu no caso concreto, em que houve a redução do preço da gasolina em 7%. A companhia entende que esses atos de gestão não constituem Fatos Relevantes, conforme prática consistentemente adotada pela companhia ao longo dos últimos anos”, escreveu em nota.

As ações preferenciais da Petrobras encerraram o dia em queda de 1,27%, a R$ 33,42.

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Victória Anhesini

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