Guedes condiciona auxílio de R$ 600 à taxação de dividendos

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que vai manter o Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023, após enviar a proposta orçamentária do ano que vem. Guedes, porém, deu uma condição: ao citar alternativas que permitiram esse valor, cogitou a possibilidade de decretar estado de calamidade e a taxação de imposto de renda sobre lucros e dividendos, já aprovada pela Câmara. As informações são do Valor Econômico.

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A proposta enviada na quarta-feira (31) previa um valor médio de R$ 405 para o Auxílio Brasil. Guedes afirmou nesta quinta-feira (1º) que a proposta de auxílio de R$ 600 não aparece no orçamento do Executivo por restrições da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Procurado pelo Valor sobre o que então garantiria a entrega do Auxílio no maior valor do que o enviado, Guedes disse que a taxação de imposto sobre dividendos e lucros, geraria R$ 69 bilhões ao ano.

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PIB já cresceu o equivalente à projeção mais otimista do mercado, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que a economia brasileira já cresceu no primeiro semestre do ano o equivalente à projeção mais otimista do mercado para o acumulado de 2022. “E é claro que nós vamos crescer mais”, comentou.

As declarações foram dadas durante evento organizado pelo Instituto Unidos Brasil na tarde desta quinta, em São Paulo.

Guedes comentava o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do País, que cresceu 1,2% no segundo trimestre, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,9%.

O ministro disse ter discutido rapidamente nesta quinta com o Banco Central (BC) a possibilidade de o PIB brasileiro crescer até 3,0% este ano. Como mostrou pesquisa relâmpago do Projeções Broadcast nesta quinta, a mediana do mercado para o PIB de 2022 saltou de 2,0% para 2,7% após os dados do segundo trimestre.

Durante a sua fala, o ministro afirmou que o País continua gerando emprego e renda e repetiu a afirmação de que os dados contrariam narrativas negativas sobre o País. “Vamos continuar diferenciando narrativas políticas dos fatos econômicos”, disse Guedes.

Guedes repetiu a afirmação de que o País tem surpreendido as projeções. Voltou a dizer que as projeções de economistas para o Brasil estão erradas e devem melhorar. “Por que eles estão errando tanto essas previsões? Porque eles estão com o modelo antigo”, comentou, afirmando que o governo Jair Bolsonaro (PL) tem “alterado o eixo” do Estado e substituído um antigo modelo intervencionista no País.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Ana Clara Macedo

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