Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) trocarão de comando; entenda

A BRF (BRFS3) e a Marfrig (MRFG3) realizarão uma troca conjunta de comandos, após o CEO da primeira empresa, o mineiro Lorival Luz, renunciar ao cargo.

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A mudança teve início na chegada do novo acionista controlador da Marfrig, Marcos Molina.

No lugar de Luz, a BRF deve colocar um velho conhecido de Molina e atual CEO da Marfrig, o gaúcho Miguel Duarte.

Duarte é um experiente executivo da indústria de carne bovina, tendo passado pela JBS e Minerva. Será a sua primeira participação no setor de frangos e suínos.

Ao deslocar Gularte para a BRF, ficou à cargo de Molina suprir o posto deixado em aberto na Marfrig. No lugar de Gularte, entrará Rui Mendonça, até então diretor-geral de industrializados.

O executivo liderará os negócios da Marfrig na América do Sul enquanto, nos EUA, Tim Klein segue no comando da National Beef.

Muitas apostas recaíam sobre Sergio Rial, que é vice-presidente do conselho da BRF, para assumir como CEO da Marfrig, mas Rial foi nomeado para comandar a Americanas (AMER3) há 15 dias.

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Entenda o momento atual da Marfrig

A saída do atual CEO da Marfrig acontece em um momento delicado em que a dona da Sadia tenta recuperar seus resultados ao mesmo tempo em que investidores ainda têm ressalvas sobre a estratégia da BRF para segurar caixa.

No segundo trimestre do ano, a BRF começou a ver resultados da redução feita na oferta de frango, decisão tomada para recuperar margens na gestão de Luz após um prejuízo de R$1,5 bilhão no primeiro trimestre.

A troca de Luz por Gularte não deixa de ser uma demonstração do tamanho da influência de Molina frente aos outros acionistas.

A partir de agora, o acionista majoritário, ao mesmo tempo em que goza de grandes poderes dentro da estrutura da companhia, deve também ser cobrado por resultados da empresa que não distribui dividendos desde 2016.

A Marfrig está avaliada em R$ 9,7 bilhões e a BRF, em R$ 17,7 bilhões.

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Laura Intrieri

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