Ticker do BDR do Banco Inter mudará para INBR32; veja por quê
Os BDRs do Banco Inter passarão para o nível II na Bolsa de Valores e ganharão cara nova: com a mudança, os tickers do ativo passam de INBR31 para INBR32.
O Banco Inter solicitou à Comissão de Valores Mobiliários (CMV) a conversão de seus BDRs há mais de quatro meses.
Após a aprovação, a mudança ficou marcada para acontecer na última quinta-feira (25), mas acabou sendo adiada para esta segunda-feira (29).
BDR do Inter no nível II: o que muda?
BDRs de nível I não precisam de registro na CVM para serem negociados, o que limita os locais onde o ativo pode ser encontrado.
Os únicos lugares onde o investidor encontra o ativo em negociação são mercados de balcão não organizados (que não contam com supervisão de agentes autorreguladores) ou em segmentos específicos de mercados organizados como a B3.
Com o upgrade, os BDRs do Banco Inter podem constar em outros lugares além da B3, como mercados de balcão organizados.
A partir do registro na CVM, empresas com BDRs nível II precisam seguir as mesmas regras de transparência e governança estabelecidas para gigantes como Petrobras (PETR4), Magazine Luiza (MGLU3) ou Vale (VALE3), podendo ser negociados por quaisquer investidores.
Resultados do Banco Inter
A Inter & Co, única controladora do Banco Inter, reportou que no segundo trimestre de 2022 (2T22) teve lucro líquido de R$ 15,5 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 30 milhões no mesmo período de 2021.
A receita bruta totalizou R$ 1,5 bilhão, alta de 129% sobre o 2T21. A receita líquida de serviços do Banco Inter foi de R$ 316 milhões, ganho de 91,3% sobre igual período de 2021.
As receitas líquidas, por sua vez, subiram 88%, para R$ 877 milhões. Ao todo, R$ 316 milhões vinham dos serviços, volume 91% maior que o do mesmo período de 2021.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Banco Inter alcançou 0,8%, alta de 2,8 ponto percentual na base anual. O patrimônio líquido somou R$ 7,1 bilhões, equivalente a uma queda de 18,4% em relação ao final de dezembro de 2021.
As despesas administrativas e de pessoal no total do primeiro semestre de 2022 chegaram a R$ 1,161 bilhão, elevação de R$ 724,7 milhões sobre igual momento de 2021.
O Banco Inter afirmou que a alta é decorrente do volume crescente de operações, ampliação dos serviços e produtos oferecidos, além do “aumento exponencial da base de clientes e colaboradores”.