Renda fixa

Além do FGC: Quais os riscos e oportunidades da renda fixa?

Suno Notícias

29 de agosto, 2022

Muito se fala que os investimentos de renda fixa possuem pouco risco. De fato, a grande parte dos títulos de renda fixa são menos arriscados que a renda variável, mas estão longe de ser “risco zero”.

Dentro do universo da renda fixa, existem diferentes graus de risco que devem ser compreendidos pelo investidor antes de aplicar seu dinheiro. 

Parte dos investimentos em renda fixa possui a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que oferece proteção ao risco de crédito dos ativos bancários.

Já os títulos públicos, da plataforma do Tesouro Direto, não contam com a cobertura do FGC, mas têm a a garantia do Tesouro soberano, considerado o investimento mais seguro de todos.

Para quem quer maiores ganhos dentro da renda fixa, os títulos corporativos como debêntures, CRIs, CRAs podem “apimentar” qualquer portfólio e oferecer rentabilidades interessantes.

O Suno Notícias apurou as melhores alternativas para você investir em renda fixa. Esta matéria faz parte da Semana da Renda Fixa, realizada com apoio da SVN Investimentos.

Como funciona o FGC? O FGC é uma entidade privada que faz parte da rede de proteção do Sistema Financeiro Nacional. Diversas instituições como bancos, sociedades de crédito e outras inúmeras entidades financeiras participam do FGC como associadas.

O Fundo Garantidor de Crédito garante o valor máximo por pessoa de até R$ 250 mil reais.

No geral, os ativos bancários são cobertos pela garantia do fundo, entre eles: - Letras de câmbio (LC) - Letras hipotecárias (LH) - CDB e RDB - Letras de crédito imobiliário (LCI) - Letras de crédito do agronegócio (LCA)

Embora o FGC proteja o investidor em relação ao crédito privado, a renda fixa também abarca outros tipos de riscos que o fundo garantidor de crédito simplesmente não cobre.

Segundo Francis Wagner, CEO do App Renda Fixa, existe o “risco de liquidez, uma vez que os títulos de renda fixa têm um prazo de validade”.

Se o investidor compra um CDB com prazo de 5 anos e precisou do dinheiro antes, ele fica preso sem conseguir sair do papel. “Existe um mercado secundário de títulos, mas ele não é de fácil acesso”, destaca Wagner.

Por isso que o investidor precisa diversificar seus investimentos, com títulos de diferentes prazos em sua carteira.

Se o FGC é uma proteção interessante que o investidor de renda fixa possui em relação ao risco de crédito, a escolha de títulos fora da cobertura do plano precisa ser analisada com atenção.

De acordo com Rodrigo Eboli que é portfólio manager da Brainvest, “ter um mix entre ativos pós-fixados, pré-fixados e indexados a inflação é interessante para equilibrar risco e retorno na renda fixa”.

Já o investidor iniciante deve priorizar os ativos que possuem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito, afirma Francis Wagner. 

“É fato que existem muitas oportunidades em ativos fora do FGC. Mas para quem está no início da trajetória como investidor, correr risco de crédito pode arruinar o patrimônio de quem ainda está nos seu primeiros passos”, comenta.

A Semana da Renda Fixa vai de 29 de agosto a 2 de setembro, com conteúdos especiais sobre o assunto no Suno Notícias, para você ficar por dentro do tema e entender como aumentar seu capital. Clique e aprenda mais!