Fundo Verde é o multimercado mais rentável, com retorno de 23% ao ano
O Fundo Verde, do gestor Luis Stuhlberger, é o fundo multimercado que teve o maior rendimento anualizado desde o seu início, segundo levantamento da XP. A corretora fez um estudo que buscou os cinco fundos multimercados do país com o maior ganho extra em comparação ao CDI.
No total, a rentabilidade do Fundo Verde foi de 23,2% ao ano desde o seu início, em meados de 1997.
Na rentabilidade acumulada, o fundo de Stuhlberger soma mais de 20.000% de retorno acumulado desde a sua criação.
O estudo da XP, vale destacar, considera o rendimento anualizado do início de cada fundo até o fim de julho de 2022. O levantamento foi feito com base nos dados da Quantum Axis.
Os 5 fundos multimercados mais rentáveis
- Fundo Verde: 23,2% ao ano desde o seu início (1997)
- SPX Raptor: 20,1% ao ano desde o seu início (2010)
- Giant Zarathustra: 15,6% ao ano desde o seu início (2012)
- Kapitalo Zeta: 14,9% ao ano desde o seu início (2010)
- Kadima High Vol: 13,7% ao ano desde o seu início (2012)
Além disso, o Fundo Verde rendeu 13,1% do CDI ao ano, ante pouco mais de 8% no mesmo comparativo com os demais quatro fundos que ocupam o topo do ranking.
Contudo, o maior ganho extra em comparação ao CDI fica com o SPX Raptor, que rendeu 11,7 pontos percentuais a mais do que o benchmark. O fundo é gerido por Rogério Xavier e acumula 744,4% de rentabilidade desde o início.
No total, o fundo de Xavier teve 97 meses positivos e 43 meses negativos em termos de retorno. O melhor mês teve rendimento de 14,1%, ao passo que o pior mês registrou queda de 7,1%.
O fundo de Stuhlberger, por sua vez, soma 251 meses positivos e 55 meses negativos. O maior retorno mensal foi de 63,4%, ao passo que o menor foi de 11,4%.
Veja a última carta do Fundo Verde
Na sua Carta de gestão, Stuhlberger comunicou aos seus cotistas que, em julho, o fundo multimercado teve ganhos com posições de bolsa, tanto no Brasil quando em investimentos internacionais.
“As posições de crédito high yield e petróleo também contribuíram positivamente. As perdas vieram da exposição em Real e das posições tomadas em juros nos mercados desenvolvidos, além da posição comprada em implícita no Brasil e da compra de ouro”, consta no documento.
Segundo a Asset, a melhora dos mercados ‘ensaiada no fim do mês de junho ganhou fôlego’ e foi estendida no mês de julho e até o início de agosto – quando a carta de gestão foi divulgada.
Os pontos citados para esse cenário são:
- Posicionamento de mercado extremamente exacerbado do lado negativo, fazendo com que qualquer pequena melhora provocasse um rally desproporcional à mudança de fundamentos
- Uma percepção de que as taxas de juro de prazo longo nos Estados Unidos (e, portanto, outros mercados) viram seu pico
“A combinação de taxas de desconto mais comportadas e sentimento exageradamente pessimista causou um movimento bastante forte de melhora dos mercados”, conclui a gestão do Fundo Verde.