TIM (TIMS3) é top pick do setor para a XP: “5G vai aumentar eficiência da empresa”
Após reunião com o diretor de tecnologia da TIM (TIMS3), Leonardo Capdeville, e o head de Relações com o Investidor, Vicente Ferreira, a XP Investimentos diz que passou a ter uma visão positiva sobre os impactos da internet 5G na tele, mesmo com desafios de monetização ao curto prazo.
Alguns destaques abordados pela XP após a conversa:
- Investimentos em 5G são mais eficientes em comparação a outras tecnologias móveis;
- A implantação do 5G ainda é incipiente, mas está acelerando;
- Atualização sobre os ativos adquiridos da Oi Móvel e acordos de compartilhamento de rede.
“Reiteramos a TIM como nossa top pick no setor de telecomunicações e nossa recomendação de compra na ação”, diz o relatório. O preço-alvo da TIM na tese de investimentos dos analistas é de R$ 22.
Os analistas da XP afirmam que o investimento em 5G da TIM coincide com a busca de eficiência na alocação de capital. O diretor de tecnologia da empresa ressaltou que as estimativas de economia potencial são de R$ 600 milhões em CAPEX até 2024, conforme aumentar a penetração do 5G.
“O 5G tem custos aproximadamente 30-40% menores em comparação com o 4G, por exemplo”, apontam os analistas.
Apesar da implementação 5G ser incipiente, está acelerando aos poucos. A TIM já lançou o 5G em Brasília, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.
A companhia espera lançar em mais 24 cidades até o final de 2022. Os representantes da TIM afirmam que já nos primeiros dias de uso os clientes percebem uma experiência diferenciada com a nova tecnologia. Atualmente 7,5% do tráfego de São Paulo já são em 5G.
A XP pontuou que, no curto prazo, a conexão de internet mais rápida ainda estará limitada em relação ao número de cidades, mas “o número de antenas garante cobertura contínua nessas cidades já aplicadas, e o 5G terá uma aplicação especial em locais com muito tráfego de pessoas (como no metrô).”
Portanto, os analistas ressaltam que a primeira oportunidade de monetização inclui experiência e eficácia, além da redução de capex e custos, uma vez que o 5G não precisa densidade de torre no curto prazo.
“Além disso, com o 5G, há maior consumo de dados – portanto, as ofertas das teles precisarão se expandir para ter mais capacidade e atender a maior demanda por dados”, afirmam.
O CTO acredita que daqui três ou quatro anos deverão existir aplicativos que serão executados apenas em 5G, como os de realidade virtual. A TIM também mencionou a importância para o segmento B2B nos setores produtivos (educação, saúde, agronegócio e Indústria 4.0), pois o 5G tende a ser uma tecnologia disruptiva.
Sobre a Oi Móvel (OIBR3), a TIM comunicou que aguarda a decisão dos reguladores para analisar se pode evoluir em um acordo semelhante ao da Telefônica (VIVT3), que acordou para alugar parte do espectro de 700MHz da Winity.
Cotação da TIM
As ações da TIM encerraram a quarta-feira (24) em queda de 1,71%, a R$ 12,06. No ano, acumulam perdas de 4,51%.