iFood: CEO diz que lucro não é prioridade no momento

Após a compra do iFood por R$ 9,4 bilhões, o CEO da empresa, Fabricio Bloisi, afirmou que a prioridade da companhia de delivery, no momento, ainda não é a lucratividade.

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“Não estou sendo cobrado, ou me cobrando, para entregar lucro esta semana, mas para criar tecnologia e inovação para desenvolver um mercado fortemente”, disse o CEO do iFood em entrevista ao jornal Valor Econômico.

“Quando vai ser lucrativo não é minha meta principal hoje”, seguiu.

A companhia, no ano fiscal de 2022 (findo em março de 2022) teve US$ 206 milhões de prejuízo líquido, multiplicando os US$ 43 milhões no ano fiscal anterior.

Nesse período, a empresa teve uma geração de receita de US$ 991 milhões – crescimento de cerca de 30% ante o exercício anterior.

“A gente cresceu muito em food, a rentabilidade está melhorando e vai ser algo positivo. [O lucro] ainda não é hoje, mas vai ser“, disse Bloisi.

A empresa, apesar do crescimento em evidência, também visa aumentar eficiência em detrimento do lucro nos próximos meses.

“Estamos otimizando a operação há cinco meses. A gente quer uma operação mais eficiente, temos tido resultados ótimos e isso vai continuar acontecendo, mas, em hipótese alguma”, disse o CEO do iFood.

A companhia tem 40 milhões de consumidores, 330 mil estabelecimentos parceiros (entre restaurantes e mercados) e 200 mil entregadores, que atendem 70 milhões de pedidos mensais.

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iFood foi comprado R$ 9,4 bilhões

Na semana anterior foi divulgado que, com uma compra de R$ 7,8 bilhões, o equivalente a 1,5 bilhão de euros, além de um potencial adicional de R$ 1,6 bilhão (300 milhões de euros), o iFood passou a ser integralmente da Prosus.

Trata-se de uma companhia holandesa subsidiária do grupo Naspers e controladora da Movile, que já era uma grande acionista e, agora, comprou os 33,3% remanescentes da companhia.

“Em um ambiente cada vez mais competitivo, a aquisição da participação remanescente no iFood pela Movile reforça que estamos no caminho certo e fazendo a diferença como empresa nacional de tecnologia, impactando positivamente a vida das pessoas no Brasil”, declarou Bloisi, em meio à divulgação.

Com a compra, o iFood se tornou startup mais valiosa do Brasil e segunda da América Latina – atrás apenas da mexicana Kavak. O feito ocorre depois que o grupo Movile passou a ser controlador total do aplicativo de delivery, comprando uma fatia de 33% das mãos da Just Eat Holding.

Com a transação, o iFood agora fica avaliado em US$ 5,4 bilhões, acima do Rappi (US$ 5,25 bi), QuintoAndar (US$ 5,1 bi) e Stone (US$ 5 bi), segundo dados da Distrito.

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Eduardo Vargas

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