Lula: campanha recua e tira ‘regulação do agro’ de diretrizes de governo

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou da proposta de regulamentar o agro brasileiro. Uma nova versão do documento “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil” foi enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e suprimiu o trecho que trazia a intenção de “regulação da agroindústria”. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

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Lula vinha sendo criticado pela proposta que aparecia no item 69 do documento. O texto dizia ser “imprescindível agregar valor à produção agrícola, com regulação e a constituição de uma
agroindústria de primeira linha”. A nova versão, enviada ao TSE neste sábado, fala em “agregar valor à produção agrícola com a constituição de uma agroindústria de primeira linha”.

Principal rival de Lula na eleição presidencial deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já disse que o petista pretense desistimular o agronegócio no que seria uma interferência indevida do estado no setor, que constitui importante base eleitoral do atual chefe do Executivo.

A última pesquisa Datafolha, divulgada na última quinta-feira (18), mostra que Bolsonaro é mais competitivo nas regiões em que o agronegócio tem mais relevância econômica, vencendo Lula nas simulações de segundo turno no Norte (48% a 46%) e no Centro-Oeste (48% a 47%), ainda que dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No plano nacional, Lula tem 54% contra 37% de Bolsonaro.

Gregory Prudenciano

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