Leilão de Eike Batista fica sem proposta formal

Eike Batista ficou sem propostas formais no segundo leilão judicial para vender títulos de dívida da mineradora britânica Anglo American, conforme fontes a par do assunto.

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Na audiência para abrir quatro envelopes, na tarde de terça-feira (16), não houve propostas formais pelos títulos (“debêntures participativas”, que têm características especiais). Os envelopes foram entregues pelos bancos BTG Pactual e Credit Suisse e pelas gestoras estrangeiras OakTree e Vox Royalty.

Essa foi a terceira tentativa de vender o lote de debêntures da Anglo, que ficou com Eike após a companhia comprar o projeto de mineração Minas-Rio, da mineradora MMX, em 2008.

Os títulos foram “descobertos” em 2021, dentro do emaranhado de companhias criadas pelo empresário para controlar a MMX. Eles foram parar na massa falida porque, na recuperação judicial da MMX, que corre no Tribunal de Justiça de Minas (TJ-MG), foi dada autorização para que bens do patrimônio pessoal de Eike e de outras empresas ligadas a ele fossem incluídos no processo.

Neste segundo leilão judicial – a primeira tentativa foi uma venda direta, em 2021 -, o lance mínimo era de R$ 1,25 bilhão. As maiores dívidas conhecidas de Eike somam cerca de R$ 2 bilhões – R$ 1,2 bilhão da falência da MMX e aproximadamente R$ 800 milhões do acordo de delação fechado no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Lava Jato. Há, porém, incerteza em relação ao passivo tributário. A União cobra R$ 3,5 bilhões, mas esse débito é passível de recurso e não tem prazo para ser pago.

O banco BR Partners e a gestora Mogno foram os assessores financeiros do processo.

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Histórico do leilão de Eike

No início de julho, o primeiro leilão de Eike também fracassou. Nesse certame, o lance mínimo era de US$ 350 milhões, cerca de R$ 1,8 bilhão pelo câmbio mais recente. Esse valor foi definido com base na proposta feita pelo RC Group, que foi levada pelo ex-bilionário ao processo de falência e motivou a convocação do primeiro leilão judicial. Mas, na conclusão do certame, no início de julho, o RC Group não deu as garantias de que faria o pagamento.

A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, revelou que a firma pertence a Renato Costa, empresário brasileiro radicado nos Estados Unidos e que responderia a pelo menos 18 processos no Brasil. Em nota, o RC Group lamentou informações sobre a empresa publicadas pela imprensa.

“O RC Group atuando em nome de investidores internacionais identificou como boa a oportunidade de aquisição das debêntures de Eike Batista. Todavia, observando recente deliberação do mesmo grupo de investidores, o RC Group declinou da participação no leilão”, diz a nota, enviada pela assessoria de imprensa da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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