É hora das Americanas (AMER3)? Analistas revisam recomendação e dizem por quê

Após a divulgação do balanço do segundo trimestre de 2022 da Americanas (AMER3), a Ativa Investimentos decidiu revisar sua tese de investimentos a respeito da varejista.

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A Ativa elevou a recomendação das ações da Americanas de neutro para compra, com corte no preço alvo de R$ 34,10 para R$ 21,30.

“Por causa de uma maior exposição a produtos de ticket médio mais baixo e uma maior penetração nas vendas digitais, a Americanas vem se destacando frente seus players listados no Brasil tanto em expansão de vendas como na performance das lojas físicas”, diz o relatório da Ativa.

Além disso, os analistas observam que, com a combinação das operações físicas e digitais no ano passado, é possível ver a Americanas apresentando ganhos de sinergia e, por consequência, margens mais saudáveis na comparação anual.

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Segundo a Ativa, outro ponto importante a ser destacado para a mudança da classificação das ações da varejista é que o aperto monetário está chegando ao fim no Brasil, com possivelmente mais uma última elevação na taxa básica de juros, a Selic.

Esse fator dos juros, em conjunto à presença de eventos sazonais no segundo semestre, “pode levar a um cenário de melhora no consumo de bens duráveis no Brasil”, afirmam os analistas.

“Nesse sentido, por enxergarmos uma dinâmica positiva de expansão de vendas no segundo semestre somada a um crescimento mais racional dos players internacionais, vemos a Americanas bem posicionada para continuar o movimento de expansão da sua base de sellers e de suas vendas”, reportam.

Os analistas acreditam que o valuation da Americanas está hoje muito descontado, decorrente do cenário de alta de juros atual e pela grande distorção no preço de tela atual.

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Sobre os possíveis riscos de investimento na Americanas, os analistas mencionam:

  • Competição de players estrangeiros – Alibaba (BABA34), Amazon (AMZO34), Shopee -, que estão investindo em capacidade de operação logística;
  • Desaceleração do e-commerce após um crescimento muito acelerado na pandemia;
  • Deterioração do cenário macroeconômico (renda disponível para as famílias, taxa de câmbio, juros, inflação e etc) poderia significar uma queda no consumo; e
  • Aumento na curva de juros de 10 anos americana poderia significar um aumento da taxa livre de risco, e consequentemente, as empresas que possuem uma maior parte do seu valor na perpetuidade, tendem a ter seu valor de mercado penalizado.

Cotação da Americanas

Nesta terça-feira (16), a Americanas caiu 1,04%, cotada a R$ 15,17. No final da sessão de segunda-feira (15), as ações da varejista dispararam 18%. No ano, acumula perda de 50,83%.

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Victória Anhesini

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