Economia brasileira recuou 0,1% em abril, segundo o Monitor do PIB da FGV
O Produto Interno Bruto (PIB) registrou um recuo de 0,1% em abril comparado a março, segundo os dados do PIB-FGV, divulgado nesta terça-feira (18) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Comparado a abril de 2018, a retração foi de 0,3%.
De acordo com a FGV, a retração do PIB em abril aconteceu por conta do recuo de duas das três atividades econômicas, sendo elas, agropecuária e indústria.
“A queda de 0,1% da economia em abril é a terceira retração mensal consecutiva registrada no ano. O desempenho da agropecuária e da indústria explicam essa desaceleração da atividade econômica”, afirmou o coordenador do Monitor do PIB, Claudio Considera.
Atividades econômicas
A agropecuária registrou uma retração de 1,9% no período entre abril e maio, puxada por quedas tanto na agricultura quanto na pecuária.
No caso da indústria, a queda foi de 0,4%, onde as únicas altas do setor foram na parte de transformação (0,3%) e no setor de serviços (0,4%).
Na comparação anual, a queda da economia foi de 0,3%. De acordo com a FGV, o resultado foi por conta das retrações de -2% na agropecuária e -2,3% na indústria durante o período.
Saiba mais: Boletim Focus: Previsão do PIB é reduzida pela 16ª vez seguida
“A taxa acumulada em 12 meses chegou a 0,6%; menor crescimento registrado desde o acumulado em 12 meses até outubro de 2017. No acumulado em 12 meses, até abril a indústria volta ao terreno negativo depois de 14 meses de crescimento. Chama atenção que a extrativa e a transformação também retornam a variações negativas”, concluiu Considera.
PIB segundo o Focus
Na última segunda-feira (17), o Banco Central (BC) divulgou o seu relatório semanal, o Boletim Focus, indicando que a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano foi reduzida novamente, chegando a 16ª redução seguida.
De acordo com o Boletim Focus, a economia brasileira deve ter um crescimento de 0,93% e não mais 1% como havia sido avaliado na última semana.
No começo do ano era previsto um crescimento do PIB de 2,6% para este ano.
