Itaú (ITUB4) registra lucro líquido de R$ 7,6 bilhões no 2T22, alta anual de 17%

O Itaú (ITUB4) divulgou nesta segunda-feira (8) que encerrou o segundo trimestre de 2022 (2T22) com lucro líquido gerencial de R$ 7,6 bilhões, cifra que representa uma avanço de 17% no comparativo anual.

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Os resultados vieram em linha com as casas de análise e bancos consultados pelo serviço Prévias Brodacast.

Segundo o balanço do Itaú, o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) médio foi de 20,8%, volume que representa uma alta de 1,9 ponto percentual (p.p.) na comparação com 2T21.

De acordo com os números do 2T22 do Itaú o lucro contábil foi de R$ 7,4 bilhões, queda de 1,6% ante igual intervalo de 2021.

A margem gerencial financeira do Itaú foi de R$ 22,6 bilhões no 2T22, equivalente a uma elevação de 20,5% ante o trimestre anterior e alta de 7,6% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Conforme os resultados do Itaú, o aumento no volume de crédito foi a principal alavanca para o crescimento da margem gerencial financeira, com 30,9% da margem com clientes, que atingiu R$ 21,9 bilhões no trimestre, na comparação de base anual.

“Além do volume, a margem com clientes também foi beneficiada pela continuada mudança de mix de produtos, com maior crescimento relativo de produtos com melhores spreads como cartão financiado e crediário”, pontua o texto.

Já as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias chegaram à marca de R$ 10,4 bilhões, alta de 8,3% no ano a ano e 7,4% sobre o trimestre imediatamente anterior.

As receitas angariadas pelo banco por meio de seguros foram de R$ 2,1 bilhões no trimestre, queda de 4,7% sobre o 1T22, porém aumento de 14,4% sobre o 2T21.

As despesas não decorrentes de juros do Itaú totalizaram R$ 13,3 bilhões entre abril e junho, crescimento de 6% ante período do ano anterior.

O resultado de créditos de liquidação duvidosa foi de R$ 7,09 bilhões no segundo trimestre, elevação de 73,1% sobre igual período de 2021. Ante o 1T22, foi uma alta de 11,2%.

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As despesas não decorrentes de juros alcançaram R$ 13,310 bilhões no segundo trimestre de 2022, com aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O índice de inadimplência acima de 90 dias (NPL 90) foi de 2,7%, aumento de 10 pontos base em relação ao trimestre anterior.

De acordo com o banco, o crescimento ocorreu devido ao “aumento de 30 pontos base na carteira de pessoas físicas no Brasil. Vale destacar a redução de 10 pontos base na carteira de micro, pequenas e médias empresas e de 40 pontos base em grandes empresas, que atingiu o menor patamar da série histórica.”

Itaú tem crescimento da carteira de crédito

A carteira de crédito do Itaú cresceu 19,3% no comparativo anual, chegando a R$ 1.084,1 trilhão ao fim de junho.

O banco destaca que a carteira de pessoas físicas cresceu 7,4% no trimestre e 33,4% em 12 meses. O crescimento foi impulsionado por:

  • Alta de 10,3% em crédito consignado, relacionado com o aumento da margem consignável;
  • Aumento de 8,1% em crédito pessoal; e
  • Crescimento de 8,0% em cartão de crédito.

Em 12 meses, destaca-se elevação de 43,1% em cartão de crédito, “em função da conquista de clientes ao longo do ano e da maior utilização do produto e +35,3% em crédito imobiliário, mesmo com o cenário de elevação da taxa básica de juros“, diz o release.

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Atualização das projeções

Além dos números trimestrais, o Itaú revisou as projeções para o ano de 2022. A carteira de crédito total deve aumentar entre 15,5% e 17,5%. A margem financeira com clientes deve ter crescimento em até 27%. A receita de prestação de serviços e resultado de seguros podem ficar em 9% para 2022.

A XP Investimentos comentou, em relatório, que vê positivamente os resultados do Itaú no 2T22, “principalmente devido a uma Margem Financeira (NII) mais forte que o esperado (+20% A/A e +8% acima da nossa estimativa), que levou o lucro líquido a atingir R$ 7,6 bilhões e superou nossa estimativa para o trimestre.”

Mesmo com ligeiro aumento da inadimplência para 2,7% (3,0% no Brasil), ainda é considerado saudável para os analistas da XP. “Os números fortes também levaram o banco a revisar seu guidance para o ano”, destacam.

Por fim, os analistas antecipam uma reação positiva para a ação do Itaú e reiteram a recomendação de compra, no preço alvo de R$ 31,00.

Cotação do Itaú

As ações do Itaú fecharam em alta de 1,24%, cotadas a R$ 25,24. No acumulado do ano, ganham 17,34%.

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Victória Anhesini

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