Ibovespa acelera e sobe 1,81%, aos 108,4 mil pontos; Petrobras (PETR4) salta 5%

Ibovespa hoje fechou a segunda-feira (8) alta de 1,81% aos 108.402,27, após oscilar entre 106.472,87 e 108.489,25 pontos.

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Mostrando bem mais fôlego do que o apetite por risco visto no exterior, o Ibovespa emendou a quinta marcha na recuperação e reconquistou nesta segunda-feira a linha de 108 mil pontos, em seu maior nível de fechamento desde 7 de junho (110.069,76). Nesta segunda, a referência da B3 subiu 1,81%, a 108.402,27 pontos, entre mínima de 106.472,87 e máxima de 108.489,25, saindo de abertura aos 106.473,03. O giro foi a R$ 29,9 bilhões nesta abertura de semana em que a atenção do mercado estará concentrada em novos dados sobre a inflação nos Estados Unidos, e também no Brasil. No mês, o índice sobe 5,08% e, no ano, 3,42%..

O quinto ganho diário consecutivo registrado na sessão iguala em extensão sequência entre os dias 15 e 21 de julho, mas desta vez o avanço é mais acentuado, com um ganho na casa de 2%, na quinta-feira, e outros dois acima de 1% na série iniciada no último dia 2, após o Ibovespa ter começado agosto em baixa, a 102.225,08 – de lá para cá, a progressão chega agora perto de 6,2 mil pontos.

Mercados externos

Logo cedo, os mercados de fora pareciam inclinados a se recuperar da sexta-feira, em que predominaram, após o sólido relatório sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos em julho, receios de que o Federal Reserve precisará manter pulso firme sobre os juros de referência, com novo aumento de 75 pontos-base em setembro.

“O mercado aguarda atentamente os dados de inflação nos EUA. A expectativa é por desaceleração, devido ao recuo dos preços de combustíveis, mas o que mais interessa será o núcleo do índice que exclui itens considerados voláteis, como energia. Depois do payroll, se essa medida vier forte, o Fed tem todo motivo para continuar com mais uma alta de 0,75 ponto porcentual”, observa em nota a Guide Investimentos.

Para o estrategista macro da Genial Investimentos, Roberto Motta, frente à discrepância entre o resultado efetivo e a expectativa para a geração de vagas de trabalho nos Estados Unidos, na leitura de sexta-feira, era de se esperar até que os mercados “azedassem” mais.

“A semana começou com apetite por risco. A reação dos mercados na sexta-feira aos números do mercado de trabalho me impressionou, e aqui os mercados descolaram completamente. Eu acho que está realmente começando a chegar dinheiro para o Brasil. É preciso continuar monitorando o volume, tomara que volte, como vimos na última quarta-feira”, observou o estrategista, em ‘call’ desta segunda-feira.

“Não surfamos tanto a última melhora, ficamos para trás, lembrando que o Nasdaq subiu 12% no mês de julho e o S&P 500, 9%. Está na hora de o mercado aqui descolar e andar bem”, acrescenta Motta, observando que o apetite por risco, nessas últimas sessões, têm ocorrido em paralelo a avanço na curva de juros americana – a probabilidade de 75 bps cresceu muito, aponta o estrategista. “O mercado de juros andou com o dado forte sobre o mercado de trabalho americano. O Fed fund em final de ciclo já está em 3,65%, lembrando que o mais duro de todos no Fed, James Bullard presidente do Fed de St. Louis, fala em algo entre 3,75% e 4%.”

Assim, em uma segunda-feira de agenda esvaziada aqui e no exterior, a atenção se volta para o que a leitura sobre a inflação americana a ser conhecida nesta semana permitirá aferir sobre a disposição do Fed.

Enquanto isso, “a expectativa pelo fim do ciclo de elevação de juros no Brasil continuou a dar apoio ao apetite por risco neste início de semana” na B3, diz Romero Oliveira, head de renda variável da Valor Investimentos.

Aqui, “na véspera da divulgação da ata do Copom e do IPCA, os juros futuros recuaram mesmo com a alta das commodities, o que sinaliza a possibilidade de um cenário inflacionário mais controlado”, bem como do “fim do ciclo de alta dos juros, como dito pelo Banco Central”, o que contribui como “alavanca à tomada de risco”, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora, destacando também o impulso proporcionado pela boa temporada de resultados corporativos.

“A expectativa de deflação no Brasil e uma inflação menor que o esperado nos EUA seguem animando os mercados. No cenário doméstico, o possível fim do ciclo de alta de juros por parte do Copom segue fazendo preço na bolsa, assim como o pagamento dos dividendos da Petrobras, e que já sinalizou pagar mais de 20% de Dividend yield só em 2022, o que contribui para a alta das ações. Com essa expectativa de fim do ciclo de alta de juros, vemos hoje as curvas de juros recuando”, acrescenta Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil Investimentos.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta segunda-feira, acompanhando resultados financeiros trimestrais. Ajuste para baixo na previsão de receita da Nvidia garantiu à companhia o pior desemprego no Nasdaq na sessão. As negociações se dão ainda às vésperas do resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a ser divulgado na quarta-feira, 10.

  • Dow Jones: +0,09%, aos 32.832,54 pontos;
  • S&P 500: -0,12%, aos 4.140,06 pontos;
  • Nasdaq: -0,10%, aos 12.644,46 pontos.

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dólar à vista fechou em baixa de 1,04%, a R$ 5,1129, depois de oscilar entre R$ 5,1037 e R$ 5,1498.

Após a queda de mais de 8% na semana passada, os contratos futuros do petróleo subiram nesta segunda. Além do ajuste, o avanço da commodity se apoiou no dólar enfraquecido ante rivais. Dado de reservas estratégicas do petróleo no menor nível nos Estados Unidos desde 1985 também esteve no radar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,97% (US$ 1,75), a US$ 90,76. Enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 1,82% (US$ 1,73), a US$ 96,65, na Intercontinental Exchange (ICE).

O contrato futuro do ouro fechou em alta nesta segunda, favorecido pela queda do dólar ante rivais. As negociações se dão à espera do dado de inflação ao consumidor norte-americano, a ser divulgado na próxima quarta-feira (10).

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro subiu 0,78%, a US$ 1.805,20 a onça-troy.

No Ibovespa hoje, a Petrobras (PETR3, PETR4) foi principal destaque, com altas de 4,82% e 5,05%, respectivamente.

Outro grande destaque foram os papéis de empresas do setor de saúde, embalados pelos dados da ANS, divulgados na semana passada, indicando um bom desempenho do segmento em junho: Rede D’Or (RDOR3) liderou as maiores altas do índice, com +6,61%, seguida por SulAmérica (SULA11), que ganhou 6,47%. Hapvida (HAPV3) também ficou no ranking, com alta de 5,89%.

O setor de aéreas subiu na sessão e entrou no ranking. Gol (GOLL4) avançou 6,41% e Azul (AZUL4) teve elevação de 6,12%.

Grandes bancos encerram no campo positivo: Banco do Brasil (BBAS3) subiu 3,15%, Itaú (ITUB4) registrou +1,24%, Santander (SANB11) teve +0,58%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) subiram 0,26% e 0,32%, respectivamente.

JBS (JBSS3) liderou as ações no vermelho, com queda de 3,64% e Marfrig (MRFG3) recuou 1,56%, diante do temor de recessão nos EUA, já que as empresas têm maior exposição ao mercado americano. Também se destacaram entre as maiores perdas Locaweb (LWSA3), com -2,35% e MRV (MRVE3), que caiu 1,93%.

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • Banco do Brasil (BBAS3) é primeiro banco do mundo a permitir adesão ao Open Finance por WhatsApp
  • Nubank (NUBR33) muda forma de comprar criptomoedas no app

Banco do Brasil (BBAS3) é primeiro banco do mundo a permitir adesão ao Open Finance por WhatsApp

Banco do Brasil (BBAS3) vai permitir a partir desta segunda-feira (8) a adesão de seus clientes ao Open Finance por WhatsApp. A inovação é inédita no mundo, mesmo com países já avançados no “sistema financeiro aberto”, como Reino Unido e Austrália, além da União Europeia (UE).

Com a ferramenta lançada hoje, os clientes poderão fazer toda a jornada para consentir o compartilhamento de dados de outras contas com o Banco do Brasil pelo aplicativo de mensagens.

Segundo o BB, o cliente poderá digitar termos como “open finance” no WhatsApp e todo o processo vai ocorrer sem interação humana. O compartilhamento de dados, feito sob consentimento, é um dos pilares de funcionamento do Open Finance, uma vez que permite que os bancos e demais participantes tenham mais detalhes da “vida financeira” do cliente, possibilitando ofertas de produtos e serviços mais personalizados.

“A oferta do consentimento no WhatsApp é uma forma de oferecer ainda mais conveniência para o cliente em um canal que se usa cada vez mais no dia a dia para realizar diversas transações”, destaca o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.

Segundo Ribeiro, dos clientes que autorizaram o compartilhamento de dados com o banco, 90% já tiveram algum benefício. Destes, 77% receberam ofertas personalizadas a partir dos dados e/ou utilizaram soluções que fazem uso dos dados de Open Finance, como revisão do limite de crédito ou um upgrade no cartão. Além disso, 13% tiveram informações cadastrais atualizadas sem necessidade de apresentar documentos ou comparecer à agência.

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Nubank (NUBR33) muda forma de comprar criptomoedas no app

Nubank (NUBR33) mudou a forma de aquisição de criptomoedas pelo seu aplicativo, com uma atualização. Agora, a transação passa a ser considerada uma forma de planejamento.

Segundo a gestão da companhia, a nova versão do aplicativo do Nubank foi pensada após pesquisas com os clientes.

A funcionalidade é chamada de ‘Nubank Cripto’ e foi lançada recentemente. Mesmo assim, já conta com mais de um milhão de investidores na modalidade, que inclui a possibilidade de aportes em Bitcoin e Ether.

Essa marca foi rompida cerca de dois meses após a fintech oferecer os ativos aos clientes em parceria com a blockchain Paxos Trust.

Nubank Cripto, conforme reportado pelo Suno Notícias, fica disponível para toda a base de clientes do banco digital.

CEO do Nubank David Vélez deu destaque para a entrada dos produtos no portfólio de clientes durante a apresentação do resultado financeiro do primeiro trimestre (1T22) da fintech, citando que ‘confia no potencial do ativo’.

O CFO do Nubank, Guilherme Lago, endossou as declarações do CEO e disse que o detectou uma tendência significativa de interesse dos clientes por criptoativos e criptomoedas, incluindo transferências para outras plataformas.

A expectativa, inclusive, é de que o Nubank passe a oferecer mais criptoativos nos próximos meses.

Nesse panorama, além das inovações no segmento de cripto, as declarações da administração também apontam para novos movimentos de fusões e aquisições.

A própria plataforma de investimento do banco digital – o NuInvest – veio da compra da Easy Invest no ano passado.

Conforme fala do CEO do Nubank, a empresa deve mirar novas aquisições mesmo em meio ao cenário atual, citando a uma tese de que ‘há muitas startups e elas devem se aglutinar’.

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Desempenho dos principais índices

Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:

  • Ibovespa hoje: +1,81%
  • IFIX hoje: +0,13%
  • IBRX hoje: +1,82%
  • SMLL hoje: +1,38%
  • IDIV hoje: +1,12%

Cotação do Ibovespa nesta sexta (5)

Ibovespa fechou o pregão da última sexta-feira (5) em alta de 0,55% aos 106.471,92 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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