Presidente Bolsonaro demite ministro Carlos Santos Cruz

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, foi demitido nesta quinta-feira (13) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. A decisão da demissão seria por causa da “falta de alinhamento político-ideológico” do ministro.

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O presidente Bolsonaro comunicou a decisão para Santos Cruz durante uma reunião. Participaram também os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

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Os embates entre o ministro e os outros integrantes do governo também foi uma das causas da demissão. Santos Cruz, general da reserva, é o primeiro ministro militar a deixar o Executivo Bolsonaro.

Terceiro ministro que cai

O general Santos Cruz é o terceiro ministro do governo Bolsonaro que é demitido desde o começo do mandato, em janeiro. O ministro da Educação, Ricardo Vélez, foi demitido no começo de abril, sendo substituído por Abraham Weintraub. No dia 18 de fevereiro, o então ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, foi demitido pelo presidente.

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O sucessor de Santos Cruz será o general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, comandante militar do Sudeste.

Desentendimento com a Presidência

O agora ex-ministro Santos Cruz acabou se desentendendo com o presidente nas últimas semanas. No mês passado, o general da reserva foi alvo de ataques do ideólogo Olavo de Carvalho. Um dos filhos do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), também endossou os ataques.

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No dia 5 de maio Bolsonaro chamou Santos Cruz para uma reunião no Palâcio do Alvorada. Os dois se desentenderam, pois o presidente pediu explicações sobre supostas mensagens do general enviadas em um grupo de aplicativo. As mensagens continham críticas ao próprio presidente. Entretanto, o ministro argumentou que ele não era o autor das mensagens.

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No dia seguinte, Santos Cruz pediu para falar com Bolsonaro, mas o presidente se recusou em recebê-lo. Somente após a intercessão do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o presidente acabou encontrando Santos Cruz.

Carlo Cauti

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