Petrobras (PETR4): queda no preço da gasolina pode levar a perdas de estoque, diz GS

A Petrobras (PETR4) anunciou nesta quinta-feira (28) uma nova redução no valor da gasolina, de 3,88%, fazendo o preço cair de R$ 3,87 o litro para R$ 3,71/l a partir de amanhã (29). Veja o que os analistas do mercado têm a dizer sobre os novos preços e o impacto para a estatal.

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O Goldman Sachs ressalta, em relatório, que a diferença entre a primeira redução de preços da gasolina feita neste mês e a segunda foram apenas nove dias.

O último corte foi de aproximadamente 5% e, desde então, os valores da gasolina no mercado internacional caíram cerca de 4% em termos de reais (ou cerca 3% em termos de dólares), de acordo com o banco de investimentos.

“Levando em conta essa queda, agora vemos preços da gasolina 19% abaixo do Golfo ao comparar os preços dos combustíveis domésticos com os internacionais, enquanto o do diesel da Petrobras 6% está acima dos preços internacionais”, afirmaram os analistas.

O Goldman Sachs destaca que a paridade de desconto médio contra os preços internacionais foi de -9% e -15% para diesel e gasolina, respectivamente, em 2021.

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Atualmente, o crack spread (diferencial entre o preço do petróleo e os produtos derivados do petróleo dele extraídos) da Petrobras ante o Brent é de aproximadamente US$ 65/barril para o diesel (contra a média de US$ 12/barril em 2021) e US$ 6/barril para gasolina (na comparação média de US$ 9/barril em 2021).

“Isso nos leva a acreditar que as margens consolidadas de refino da Petrobras permanecem em níveis saudáveis”, diz o relatório.

O Goldman Sachs reitera a recomendação de compra das ações da Petrobras:  “Continuamos a ver a estatal fornecendo uma carry atraente, com um dividend yield de 47% na estimativa de 2023 (vs. 31% para o principal par Ecopetrol)”, com o preço alvo para a ação preferencial em R$ 32,80 e a ordinária, R$ 35,60.

Além disso, o banco de investimentos lembra que a queda do preço da gasolina de hoje pode levar a perdas de estoque para as distribuidoras de combustíveis “em nossa cobertura no 3T22”, diz o GS.

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A equipe de Research da Ativa Investimentos estima que a defasagem atual da Petrobras contra os valores internacionais é superior a 10%. Com um preço do galão no Golfo a US$ 3,07, o litro a US$ 0,81/l e o dólar a R$ 5,22, vemos a gasolina atualmente a R$ 4,23 no Golfo e frente aos R$ R$ 3,87 cobrados atualmente. Existiria uma defasagem próxima a 10% aos preços cobrados pela Petrobras. Com a redução, alcançaria patamar ainda superior”, diz o texto.

Apesar da surpresa com a nova queda, a Ativa espera que o mercado volte suas atenções à divulgação dos resultados do 2T22 da Petrobras, na noite desta quinta.

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Victória Anhesini

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