Suzano (SUZB3) tem lucro líquido de R$ 182 mi no 2T22, queda de 98%

A Suzano (SUZB3) divulgou nesta quarta-feira (27) seu balanço do segundo trimestre de 2022 (2T22). A empresa reportou lucro líquido de R$ 182 milhões.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, o Ebitda ajustado da Suzano, de abril de junho, foi de R$ 6,3  bilhões, alta de 6% na comparação com igual período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o crescimento foi de 23%.

A margem do Ebitda ajustado da Suzano no trimestre ficou em 55%, queda de seis pontos porcentuais em relação ao 2T21. Sobre o trimestre anterior, houve avanço de dois pontos.

A receita líquida da Suzano no 2T22 atingiu R$ 11,5 bilhões, crescimento de 17% na comparação de base anual e aumento de 18% ante o primeiro trimestre.

Balanço do 2T22 da Suzano (SUZB3). Créditos: Suzano
Balanço do 2T22 da Suzano (SUZB3). Créditos: Suzano

O percentual de 83% de receita foi gerado no mercado externo (contra 81% no 1T22 e 84% no 2T21). “Em relação ao 1T22, o aumento de 18% da receita líquida ocorreu em função do maior volume total de vendas (+11%) e pelo maior preço médio líquido, parcialmente compensado pela valorização do real em relação ao dólar (6%)”, diz o relatório da empresa.

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A dívida líquida da Suzano de abril a junho deste ano totalizou R$ 54,8 bilhões, uma diminuição de 4% ante o 2T21.

Já a dívida bruta, em reais, foi de R$ 75,2 bilhões, sendo 95% dos vencimentos concentrados no longo prazo e 5% no curto prazo. A dívida em moeda estrangeira representava, no final do trimestre, 82% da dívida total da companhia.

A Suzano destacou que o segundo trimestre de 2022 foi marcado por “uma demanda positiva e diversos fatores que limitaram a oferta de celulose, de forma a sustentar o cenário de baixa disponibilidade na cadeia e suportar a continuidade da implementação dos preços ao longo do período”, conforme o texto

Em nota, a Suzano disse que a melhoria dos indicadores reflete principalmente o aumento dos preços, impulsionados pelo cenário favorável nos negócios de celulose e papel; o maior volume de vendas, reflexo do menor efeito de paradas programadas; e o empenho da companhia em mitigar a pressão inflacionária de custos advinda dos elevados preços de commodities.

A equipe de Resarch da Ativa Investimentos comenta que, ainda sem avistar a normalização da estrutura de custos na cadeia global no curto prazo, “vemos a companhia se beneficiando dos sólidos fundamentos de seu setor, que reúne maiores preços médios em função de demanda perene e oferta ajustada, para novamente reportar bons resultados trimestrais”, diz relatório.

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Programa de recompra de ações da Suzano

Nesta quarta, após a divulgação do balanço da Suzano do 2T22, o conselho de administração da companha aprovou um programa de recompra de até o máximo de 20 milhões de ações ordinárias de emissão própria, de forma adicional ao saldo de aquisições atualmente disponível no programa iniciado em maio de 2022.

O total de ações no Programa Julho/2022 representa, aproximadamente, 2,8% do total de ações em circulação. No total, há 712.407.201 ações da Suzano em circulação, e 26.327.369 em tesouraria, sendo 3,7% do total.

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O prazo máximo do programa é de 18 meses contados a partir da data de aprovação pelo conselho, sendo assim, o programa completo tem duração até o dia 27 de janeiro de 2024, inclusive.

A Ativa Investimento também destaca o anúncio de programa de recompra de ações e a atualização de suas premissas de investimento para o ano era esperado pelo mercado, principalmente após a aquisição de ativos florestais anunciados ao longo do 2T22. “Mesmo diante de um forte dispêndio de capex, seguimos enxergando Suzano capaz de apresentar uma boa geração de caixa operacional e FCL, o que corrobora nossa visão positiva sobre os resultados apresentados”, afirmam os analistas.

Cotação da Suzano

No fechamento de hoje, as ações da Suzano tiveram alta de 2,92%, cotadas a R$ 46,85. No ano, acumula queda de 21,38%.

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Victória Anhesini

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