Recompra de ações: de 161 programas, somente 20 foram ‘cumpridos’, revelam analistas do BTG

Em meio a alta dos programas de recompra de ações, o BTG Pactual (BPAC11) fez um levantamento analisando a tendência dos últimos 5 anos.

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No total, o BTG analisou 161 programas de recompra – 107 concluídos e 54 em andamento. No total, são 78 empresas responsáveis pelos programas de recompra de ações.

Desse volume total, somente 20 companhias executaram em mais de 90% o que foi proposto e comunicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Além disso, somente 12 delas tiveram compras acima de 50% do previsto com 6% do free float.

Vale lembrar também que algumas delas sequer compraram ações. Empresas como Ambipar (AMBP3), MRV (MRVE3) e Itaú (ITUB4) anunciaram os programas de recompra de ações mas, sem justificar, decidiram por não colocar mais papéis nas mãos da tesouraria.

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Veja as companhias que ‘cumpriram’ recompra de ações acima de 90%:

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Segundo o relatório do BTG, as recompras de ações têm aumentado sucessivamente, já que foram 33 programas neste ano e 59 no ano passado.

Em 2019 foram 20 programas anunciados e em 2020, o número subiu para 38.

Entenda como funciona a recompra de ações

A recompra de ações é um método em que a empresa compra as suas próprias ações listadas para custodiá-las em sua tesouraria ou cancelá-las, e geralmente funciona como um indicador de que os preços estão baratos.

Além de poder figurar como uma estratégia de alocação de capital, a empresa também pode estar buscando reduzir os seus gastos com dividendos ou, até mesmo, distribuir as ações entre seus próprios executivos pelos sistemas de Stock Options.

O tamanho médio desses programas é de 5% das ações em circulação e, segundo as normativas, as empresas só podem recomprar 10% das suas ações em circulação por programa.

Além disso, outro motivo que justifica a recompra de ações são os impostos. O buyback não possui nenhum imposto associado à operação.

Isso faz com que empresas prefiram essa opção de recompra de ações para economizar. Nos EUA, por exemplo, a distribuição de dividendos é taxada em até 33%. Ou seja: o governo ficaria com um terço dos dividendos da empresa.

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Eduardo Vargas

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