Nubank (NUBR33) não é rentável por decisão própria, diz Vélez

Com queda de 67,53% nas ações em um ano, o CEO do Nubank (NUBR33), David Vélez, não parece preocupado. Isso porque, segundo ele, a fintech  não é rentável por decisão própria.

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Em entrevista ao site Brazil Journal, o CEO do Nubank disse que os investidores não entendem que o banco é conservador e que os investimentos hoje consideram uma visão da empresa daqui a 10 anos.

Foto:StatusInvest
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“Isso significa que temos que investir muito hoje para que daqui a 10 anos o lucro seja grande, e a empresa, muito maior. Hoje não somos rentáveis por decisão própria. Se eu parar de crescer, investir no México, ou em novos produtos, eu já gero centenas de milhões de reais de lucro. Mas seria sacrificar o valor da empresa daqui a 5 ou 10 anos”, disse Vélez ao site.

Na análise do CEO do Nubank, hoje há dois detratores para o resultado da companhia. O primeiro, os salários dos engenheiros, que estão construindo o futuro da empresa. “Nós sempre contabilizávamos isso como despesa, e agora estamos começando a capitalizar alguns projetos.”

O segundo é o provisionamento de perdas de risco. Veléz explicou que quando faz um empréstimo novo ele provisiona hoje 100% da perda esperada, mas a receita desse crédito só vem em 6,12 ou 18 meses.

No trimestre passado, houve um aumento de provisionamento de perdas relevante, mas 80% dele estava relacionado ao crescimento, e só 20% à deterioração da carteira. “Temos dificuldade de explicar para o investidor, mas estou super bem provisionado já para todo o futuro.”

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Além disso, em entrevista ao site, Veléz comentou que grande parte do dinheiro levantado na abertura de capital (IPO, em inglês) será usado para fusões e aquisições (M&A) mais agressivas.

“Em princípio, pode ser duas coisas: ou novas verticais de negócios, nos moldes do que fizemos com a Esayinvest (NuInvest), quando entramos em investimentos; ou ‘acquihires’, em que você compra empresas para trazer os talentos”, concluiu o porta-voz do Nubank.

Última cotação do Nubank

Na última sessão, quinta-feira (30), o Nubank encerrou o pregão em queda de 3,26%, negociado a R$ 3,26.

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Poliana Santos

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