Boletim Focus: previsão de crescimento do PIB é reduzida para 1,13%

Os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram pela 14ª vez a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019. Assim, no boletim divulgado nesta segunda-feira (03), a expansão da economia brasileira para este ano está prevista em 1,13%.

De acordo com os analistas do mercado financeiro na última segunda-feira (27), o PIB brasileiro cresceria 1,23% em 2019. Dessa forma, essa é a 14ª semana seguida de redução do PIB no Boletim Focus. Isso porque no começo do ano era previsto um crescimento 2,6% para este ano.

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Contudo, as previsões de crescimento para 2020 permaneceram estáveis, em 2,5%, mesmo crescimento para o PIB de 2021 e de 2022.

Boletim Focus: previsão de crescimento do PIB cai para 1,45%

Desse modo, esse novo corte nas previsões continua seguindo a tendência iniciada após a divulgação dos dados de 2018. No dia 1º de março, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o crescimento do PIB em 2018 foi de 1,1%. Desse forma, o resultado  repetiu o fraco desempenho de 2017.

Assim, essa expansão modesta acabou reduzindo as expectativas para este ano, também por causa do carregamento estatístico. Além disso, no último dia 30, o IBGE divulgou que o PIB brasileiro sofreu uma retração de 0,2% no primeiro trimestre deste ano.

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Entretanto, as projeções para 2021 e 2022 continuaram inalteradas, com o PIB crescendo de 2,5%. Na semana passada, o BC revisou sua estimativa para o crescimento da economia em 2019, de 1,24% para 1,23%.

A redução foi indicada no Relatório de Inflação (RI), e acompanha o movimento das últimas semanas das principais consultorias e instituições financeiras do mercado.

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Por sua vez, o Ministério da Economia também reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira. De acordo com a pasta, o PIB em 2019 crescerá de apenas 1,6%, e não mais de 2,2%

Inflação reduzida

A previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2019 foi reduzida de 4,07% para 4,03%.

Ou seja, o resultado continua abaixo da meta de inflação fixada para pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 4,25%. A meta tem uma tolerância de 1,5 ponto percentual, podendo ir de 2,75% até 5,75%.

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Para 2020, a previsão do mercado financeiro para o IPCA continua em 4%. Um resultado alinhado com a meta fixada pelo BC, também de 4%.

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O IPCA é o indicador oficial da inflação no Brasil, e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente. Há ainda o IPCA-15, a prévia mensal do indicador.

Taxa de juros inalterada em 2019

De acordo com as previsões do Boletim Focus, a taxa de juros (Selic) será mantida pelo Banco Central em 6,5% em 2019 e de 7,25% em 2020.

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Confira as previsões do mercado financeiro para os indicadores de 2019 e 2020:

2019

  • Produto Interno Bruto (PIB): previsão de crescimento reduzida de 1,23% para 1,13%.
  • Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): a previsão caiu de 4,07% para 4,03%. A meta central para 2019 será de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
  • Taxa Selic: mercado manteve a previsão em 6,5%.
  • Dólar: a previsão se manteve em R$ 3,80.
  • Balança Comercial: o mercado aumentou a previsão de superávit  de US$ 50,25 bilhões para US$ 50,5 bilhões.
  • Investimento estrangeiro direto: as expectativas caíram de US$ 83,29 bilhões para US$ 82,65 bilhões.

2020

  • PIB: projeção para o PIB confirmada em 2,50%.
  • IPCA: mais uma vez, o mercado manteve a projeção em 4%. A meta central para 2020 será também de 4%, com intervalo de tolerância entre 2,5% e 5,5%.
  • Taxa Selic: previsão mantida em 7,25%.
  • Dólar: investidores mantiveram a previsão de câmbio em R$ 3,80.
  • Balança Comercial: a expectativa para o superávit caiu de US$ 45,33 bilhões para US$ 45,10 bilhões.
  • Investimento estrangeiro direto: economistas mantiveram a projeção dos investimentos em US$ 84,36 bilhões.

O Boletim Focus é elaborado semanalmente pelo Banco Central na base das previsões dos analistas de mais de 100 instituições financeiras.

Beatriz Oliveira

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