Dólar opera estável devido as tensões da política externa e Previdência
Nesta segunda-feira (3), o dólar opera perto da estabilidade com a possibilidade da aprovação da reforma da Previdência no primeiro semestre e com os conflitos externos no radar.
Por volta das 9h30, o dólar registrava uma queda de 0,046% sendo negociado a R$3,9214. O mercado está reagindo positivamento aos avanços da tramitação da reforma da Previdência. No entanto, os investidores seguem monitorando o posicionamento da China sobre as tensões comerciais com os Estados Unidos.
Ademais, a visita do presidente americano ao Reino Unido está no radar. Donald Trump aconselhou ao Reino Unido que saia da União Europeia sem acordo, caso eles não atendessem a demanda.
Reforma da Previdência
Na última sexta-feira (31), foi divulgado que os deputados federais trabalham na proposta da reforma da Previdência. O mercado continua repercutindo essa informação com otimismo. Além disso, o objetivo dos parlamentares é alcançar R$ 800 bilhões de economia.
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“Os partidos estão todos caminhando nessa linha. Todo que eu converso, todos que têm uma linha mais liberal na economia. Essa sinalização do PSDB é muito forte e, talvez, decisiva para que a gente coloque essa reforma da Previdência nos trilhos logo, vote na comissão e tenha os votos necessários para aprová-la no plenário até o final do primeiro semestre”, disse o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
China está preparada para enfrentar os EUA
No último domingo (2), a China se posicionou rejeitando o fracasso nas negociações comerciais. Além disso, o país do oriente afirma que está preparado para enfrentar os EUA, ao mesmo tempo em que está aberta ao diálogo.
“Quanto aos atritos comerciais iniciados pelos EUA: se os Estados Unidos querem conversar, estamos com a porta-aberta. Se querem lutar, estamos prontos”,disse o ministro da Defesa, Wei Fenghe.
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Ademais, o vice-ministro, Guo Weimin, afirmou que “embora a cooperação seja a única opção possível entre os dois países, a China não fará concessões em seus princípios fundamentais.”
Os analistas do JPMorgan e do Morgan Stanley acreditam que não haverá acordo na reunião do G-20 no Japão, que ocorre neste mês.
Trump apoia saída do Reino Unido sem acordo
O presidente norte-americano pisou no solo britânico nesta segunda-feira. O presidente se encontrou com a rainha Elizabeth II.
No dia anterior da chegada, último domingo (2), Trump declarou em entrevista ao jornal britânico “Sunday Times” que o Reino Unido deveria sair da União Europeia sem acordo.
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“Se você não conseguir o acordo que você quer, eu sairia”. Além disso, o presidente fez referência ao montante que deverá ser pago pelo Reino Unido, caso haja separação. “Se eu fosse eles, não pagaria US$ 50 bilhões”.
O valor estimado pelo “divórcio” poderá chegar a 45 bilhões de euro (R$ 197 milhões).
A chegada do presidente causou polêmica ao postar em seu Twitter uma crítica ao prefeito de Londres.
.@SadiqKhan, who by all accounts has done a terrible job as Mayor of London, has been foolishly “nasty” to the visiting President of the United States, by far the most important ally of the United Kingdom. He is a stone cold loser who should focus on crime in London, not me……
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 3 de junho de 2019
“Sadiq Khan, que faz um péssimo trabalho como prefeito de Londres, tem sido de modo insensato ‘desagradável’ com o presidente dos Estados Unidos, de longe o aliado mais importante do Reino Unido. Ele é um total perdedor que deveria se concentra no crime de Londres, não em mim…”, publicou.
As críticas de Trump fazem referências à entrevista do prefeito que classificou a linguagem do presidente como “fascistas do século XX”.
Última cotação
Na última sessão, que ocorreu na sexta-feira (31), o dólar teve alta de 1,372% sendo negociado a R$ 3,9244.