IPCA: Veja qual será o impacto do reajuste da Petrobras (PETR4) na inflação

Segundo cálculos do economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, o reajuste feito pela Petrobras (PETR4) no preço do combustível deve impactar em 0,18 ponto percentual o IPCA, o principal indicador de inflação.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/04/Banner-Noticias-1000x325-20.jpg

“(O aumento da) gasolina na bomba pode chegar a 2% e do diesel, a 5%. O impacto total será de 0,18 ponto percentual na inflação [IPCA], mas isso vai ser distribuído entre junho e julho”, disse Braz à Reuters sobre o reajuste da Petrobras.

A estimativa do especialista da FGV é de 9,2% para o IPCA neste ano, considerando o reajuste recente.

Considerando que o preço da gasolina já era um driver relevante para a inflação nos patamares anteriores, especialistas da fundação já reportavam indicadores em elevação antes do reajuste.

No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), divulgado pela FGV, foi registrada uma alta de 0,47% na última leitura, divulgada no dia 15 de junho.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

Dentro desse indicador, a taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,89% em maio para 1,57% em junho.

“A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,59% para 7,81%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,30% em junho, após subir 1,19% no mês anterior”, diz a FGV.

Entenda o reajuste da Petrobras

Na sexta (17), após 99 dias com preços congelados, a Petrobras fez um reajuste de 5,2% no preço da gasolina, ao passo que o diesel, que estava há 39 dias sem mudança no preço, foi elevado em 14,2%. Os preços valem já a partir deste sábado (18).

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Com isso, a gasolina passa a custar R$ 4,06 o litro nas refinarias da estatal, e o diesel, R$ 5,61 o litro. Desta forma, o preço ao consumidor final deve aumentar.

A justificativa do reajuste foi a defasagem em relação à cotação do petróleo, dado que o barril do Brent – que é o petróleo referência para a companhia – está na casa dos US$ 113.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), para alinhar o preço interno com o praticado no Golfo do México, de onde sai a maioria das cargas, o aumento deveria ser de R$ 0,57 para a gasolina e R$ 1,37 para o diesel, diante de defasagens de 13% e 21%,respectivamente.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Veja última leitura do IPCA

Conforme a leitura mais recente, o IPCA, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, subiu 0,47% no mês de maio, ficando abaixo dos 1,06% registrados em abril e dos 0,83% anotados em maio do ano passado.

Essa variação deixou o IPCA ficou abaixo das expectativas do consenso dos analistas, já que o consenso Refinitiv mirava  uma alta mensal de 0,60% deixando o acumulado de 12 meses em 11,84%.

Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 11,73%, apresentando uma retração ante os 12,13% que eram vistos no fim do mês passado. Em 2022, há alta de 4,78% no IPCA.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Eduardo Vargas

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno