Fusão da brMalls (BRML3) e Aliansce Sonae (ALSO3) é aprovada por acionistas

Os acionistas da brMalls (BRML3) aprovaram, nesta quarta-feira (8), a fusão com a Aliansce Sonae (ALSO3). Com o negócio, a empresa será considerada o maior conglomerado de shoppings no Brasil.

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A brMalls realizou sua Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com os acionistas para deliberar a respeito da proposta de fusão de forma presencial, mas havia também a possibilidade de votar a distância.

Na assembleia da brMalls, a aprovação pelos acionistas chegou a 68,5%, de acordo com o presidente da companhia, Ruy Kameyama. A apuração realizada pelo Broadcast aponta que a proposta de remuneração da diretoria foi aprovada com mais de 60%

Já na Aliansce Sonae a aprovação chegou a 79,6%. O CEO, Rafael Sales, estima R$ 210 milhões por ano em sinergias dentro da operação.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as companhias ressaltam que a união traz ganhos para todos os envolvidos, como clientes, parceiros, acionistas e consumidores. Em nota assinada por ambos os CEOs, apontam:

“Esta nova companhia será a maior plataforma de shoppings da América Latina. Ela nasce avaliada pelo mercado em R$ 12 bilhões, com 69 shoppings e cerca de 13 mil lojas, que recebem aproximadamente 60 milhões de visitantes por mês.”

A fusão ainda está sujeita à aprovação por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

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brMalls (BRML3) aprova plano de retenção de até R$ 50 mi na fusão com Aliansce (ALSO3)

brMalls (BRML3) informou nesta segunda-feira, 6, que seu conselho de administração, eleito em 29 de abril, deliberou nesta segunda-feira, por maioria, o plano de retenção de até R$ 50 milhões no âmbito da fusão com a Aliansce Sonae (ALSO3).

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em 13 de maio, a medida foi revelada pelo presidente da BRMalls, Ruy Kameyama, após ser questionado em teleconferência com investidores e analistas sobre a política de retenção de talentos enquanto a proposta de combinação de negócios com a Aliansce não é concluída.

Questionamentos

Segundo a brMalls, o plano de retenção é destinado a colaboradores e administradores da companhia, sendo o montante máximo destinado aos diretores estatutários de R$ 15 milhões.

Durante a semana, a fusão entre brMalls e Aliansce levantou alguns questionamentos entre gestores e investidores envolvendo a política de remuneração de executivos que ficaram e os que deixaram o negócio. Além disso, existe a conta após a fusão, a ser paga aos bancos que participaram.

A operação ganhou mais apoio de abril até agora com sócios da brMalls mudando manifestações anteriormente contrárias, além de uma melhora sobre as condições oferecidas pela Aliansce.

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Os questionamentos que surgiram agora estão entre os gestores e investidores, mas não é necessariamente impeditivo para o acordo final, de acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico. No caso, o movimento trouxe certo desconforto que não era previsto a essa altura do campeonato pela brMalls.

A companhia tem a intenção de definir e divulgar melhor ao mercado seu plano de remuneração nos próximos dias.

É esperado que o acordo e o pacote de remuneração global da brMalls sejam votados na AGE desta quarta. Parte dos investidores acredita que o custo da transação é alto demais, levando-se em conta valores definidos e taxas de comissão a assessores e bancos dos dois lados.

Os fundos americanos participantes (FSBA, da Flórida, e o Calstrs, da Califórnia) devem votar favoravelmente à fusão, mas contra a proposta da remuneração, conforme reportagem do Valor.

proposta do Conselho de Administração da brMalls apresenta um novo pacote de compensação de até R$ 92 milhões aos executivos.

Esse pacote contém um plano de incentivo e retenção de até R$ 50 milhões aos profissionais que ficarem, além de pacote de rescisão de R$ 12,5 milhões aos que forem demitidos (incluindo eventualmente o CEO de uma das empresas). Há ainda R$ 29,5 milhões adicionais ao pacote de ações vigente.

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O conselho atual da brMalls foi empossado em abril, contendo membros da Aliansce — que têm conhecimento das insatisfações de parte dos fundos — e da gestora Squadra.

Mas o que causou de fato mais desconforto entre as partes do negócio foi a falta de informações mais precisas a respeito da política de remuneração dos executivos beneficiados, por áreas ou níveis.

Por fim, outro ponto que levantou preocupação entre alguns acionistas minoritários é o pagamento das comissões aos bancos e advogados. Isso tende a ser detalhado posteriormente, após a aprovação das transações.

Cotação da BR Malls e Aliansce Sonae

As ações do brMalls fecharam em alta de 1,07%, a R$ 8,54. No ano, acumula ganhos de 6,88%. As ações da Aliansce Sonae subiram 1,14%, a R$ 18,67 e acumula queda de 9,46% no ano.

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Victória Anhesini

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