Diretor da Boeing admite erros em sistema de alerta dos 737 MAX

Na última quarta-feira (29), o diretor executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, afirmou que houve “erros” na implementação do alerta sobre problemas no sistema de estabilização do 737 Max.

O acidente com o Boeing 737 MAX causou dois desastres aéreos que deixaram 346 mortos. “Não implementamos esta função corretamente”, disse Muilenburg em entrevista à rede de televisão “CBS”

Além disso, o diretor aproveitou para novamente formalizar seu pedido de desculpas. “Lamentamos o impacto para as famílias e os seus entes queridos que estão por trás, e isso nunca mudará, estará sempre conosco. E pedimos desculpas mais amplamente ao público que viaja, para quem a confiança foi afetada. Posso dizer que isto me afeta diretamente como líder da empresa“.

Ao final da entrevista, Muilenburg se comprometeu em assumir a responsabilidade e trazer melhorias. “Estamos a assumir a responsabilidade. Sabemos que temos melhorias que podemos fazer. Vamos fazer essas melhorias e estamos comprometidos com a segurança a longo prazo“.

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Boeing sabia sobre falhas antes do 1° acidente

De acordo com a apuração do jornal “Bloomberg”, a Boeing tinha conhecimento de que o alerta de cabine não estava funcionando conforme havia dito aos compradores.

Ademais, a empresa só comunicou a falha no sistema a Administração Federal de Aviação (FAA) quando aconteceu o acidente na Indonésia.

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Conforme o jornal americano, foi informado aos clientes da companhia que os sensores de ângulo de ataque (AOA, sigla em inglês) era padrão em toda frota do  737 MAX. Mas, apenas os clientes que optaram por comprar o indicador opcional, foram alertados de maneira correta sobre os problemas com sensores. AOA é conhecido como um aviso de desacordo.

Desastre

Em outubro passado, o modelo 737 MAX caiu na costa da Indonésia, causando a morte de 189 pessoas a bordo. Em março deste ano, o avião que saía da Etiópia caiu seis minutos após levantar o voo, 157 pessoas morreram.

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Os dois episódios,do Boeing 737 MAX, portanto, aconteceram num período de cinco meses e apontaram o sistema de alerta como motivo do desastre. “Não podemos mudar o que aconteceu nesses acidentes. Mas podemos estar absolutamente determinados no que faremos em termos de segurança”, disse Muilenburg.

Poliana Santos

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