Fundos de investimentos reduzem taxas para atrair investidores para Eletrobras (ELET3)
Bancos e corretoras com fundos mútuos de privatização (FMPs), meio pelo qual os investidores podem comprar as ações da Eletrobras (ELET3) com o Fundo de Garantia de Tempo e Serviço (FGTS), estão reduzindo as taxas de administração em função da forte concorrência.
Na terça-feira (31), o Bradesco (BBDC4), o BTG Pactual (BPAC11), Santander (SANB11) e a Guide diminuíram as taxas de seus fundos. Já na quarta-feira, o Banco do Brasil (BBAS3), a Caixa e o Safra também reduziram as taxas para disputar com os concorrentes a conquista do investidor pessoa física que tem interesse em se tornar acionista da Eletrobras por meio das ofertas de ações.
Ao todo, são 22 produtos disponíveis para comprar os papéis da Eletrobras com os recursos do FGTS, de 13 instituições financeiras.
Segundo o levantamento da consultoria Quantum Finance, divulgado pelo jornal Valor Econômico, as taxas de administração estavam na faixa de 0,20% a 1,50% ao ano (a.a.) até o fim da semana passada. Mas agora elas caíram para o intervalo entre 0 e 0,50% a.a. A taxa média, por sua vez, passou de 0,70% para 0,30% a.a.
A expectativa do mercado é de que a participação de pessoas físicas. com o uso do FGTS, chegue a R$ 8 bilhões, de um total de mais de R$ 30 bilhões previstos para oferta da Eletrobras. O período para reserva de ações começa nesta sexta (3) e vai até o dia 8 (quarta-feira da próxima semana). A definição do preço do papel está marcada para o dia 9.
A forte participação dos investidores pessoas físicas na privatização da Eletrobras terá impulso do FGTS. Os investidores poderão utilizar até 50% do saldo de suas contas, com o limite de R$ 50 mil por indivíduo. O prospecto da oferta de ações limita também que o uso do FGTS não ultrapasse o total de R$ 6 bilhões.
A expectativa entre os bancos que coordenam a operação é de que esse grupo compre até R$ 5 bilhões. Somado a esse montante, outros R$ 3 bilhões, ou 10% da oferta, deverão vir de dinheiro de pessoas físicas não vinculado ao fundo.
A estimativa é por uma demanda robusta, algo que à primeira vista pode parecer contraditório diante de um contexto de um mercado fraco e de muita aversão ao risco. Mas os investidores dizem acreditar que a Eletrobras terá uma forte valorização depois da privatização, porque esse movimento era muito aguardado.
Cotação da Eletrobras
Por volta das 13h20, as ações da Eletrobras apresentavam leve queda de 0,21%, negociadas a R$ 42,91.