Custo milionário: veja quanto a Petrobras (PETR4) gasta a cada troca de presidente

O governo, políticos e parlamentares estão há semanas discutindo como impedir, ou adiar, o aumento de preços dos combustíveis – debate inflamado em ano eleitoral e período de alta do petróleo. O presidente Jair Bolsonaro reclamou do aumento do diesel, o que resultou na demissão do CEO da Petrobras (PETR4), José Mauro Coelho. Mas uma substituição no comando da estatal custa caro: toda vez que o governo Bolsonaro promove uma mudança na presidência da Petrobras, a estatal precisa desembolsar cerca de R$ 1,3 milhão, destaca o Estadão/Broadcast.

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Esse é o custo que uma companhia deste porte tem para preparar uma assembleia de acionistas, etapa necessária para a realização de mudanças no comando. A última dessas assembleias foi promovida há menos de dois meses, e uma nova é esperada nos próximos 45 dias, agora em razão da indicação de Caio Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia, para o lugar de José Mauro na presidência.

Andrade será o quarto presidente em menos de três anos e meio de governo Bolsonaro. Já a passagem de Coelho será a mais curta de toda a história da Petrobras.

Pelo estatuto, o presidente da petroleira precisa fazer parte do conselho de administração da empresa – por isso, ele tem de ser eleito primeiro como conselheiro, o que só é possível em assembleia de acionistas. Apenas após essa etapa, o colegiado vota o nome dele para o comando da estatal.

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Segundo advogados especializados em governança, montar uma assembleia virtual para uma companhia do porte da Petrobras envolve vários fatores, que, além de custos, demandam o envolvimento dos executivos da empresa que poderiam estar concentrados em outros projetos de interesse da companhia.

“Ficar trocando de presidente a toda hora não é brinquedo, custa muito”, diz o especialista em governança Renato Chaves, que recebeu da própria Petrobras a estimativa do custo de R$ 1,3 milhão por assembleia. A cifra foi confirmada pelo Estadão/Broadcast com fontes da empresa. Procurada, a Petrobras não se pronunciou oficialmente.

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Petrobras: para onde vai o dinheiro?

Para montar uma assembleia, a companhia precisa contratar uma empresa para conectar os acionistas dentro e fora do País, fazer os cálculos dos votos, calcular o voto múltiplo, entre outras ações durante a reunião.

Também é necessário contratar uma auditoria externa para monitorar todo o processo. Soma-se a isso o gasto com as publicações – edital de convocação e atas -, a contratação de advogados externos e a mobilização de empregados próprios da companhia que ficam à disposição do evento.

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Na última Assembleia-Geral Extraordinária (AGE), seguida à Assembleia-Geral Ordinária (AGO) que elegeu o atual presidente demissionário, José Mauro Coelho, em abril, o dinheiro foi jogado fora. Convocada para votar mudanças no estatuto social da Petrobras que reforçariam a governança da estatal, a União avisou, uma hora antes de começar o encontro, que precisaria de mais tempo para analisar o Estatuto, e a AGE foi cancelada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Marco Antônio Lopes

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