Petrobras (PETR4): Flávio Bolsonaro assegura que pai não irá mudar política de preços da empresa

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) garantiu que seu pai, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), não vai mudar a política de preços da Petrobras (PETR4), que hoje atrela o preço dos combustíveis à cotação do barril de petróleo no mercado internacional. Em entrevista a uma emissora de televisão, o parlamentar jogou a responsabilidade de conter a alta dos combustíveis no Conselho de Administração da estatal.

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“Com certeza, não vai mudar a política de preços. Se fosse para fazer, já teria feito. Grande parte da solução desse problema passa por decisão do Conselho da Petrobras, de pegar parte do lucro que ela tem e fazer com que o preço final da bomba diminua, não se de que forma”, declarou o filho “Zero Um” do presidente.

Ainda na entrevista, Flávio afirmou que qualquer interferência na Petrobras causaria instabilidade no mercado, incluindo a variação do dólar e das ações da companhia.

“Se a Petrobras muda a política de preços, a consequência é o desabastecimento do Brasil”, avaliou o senador, coordenador da campanha à reeleição do pai.

Preocupado com o efeito da alta dos preços na popularidade do governo em ano eleitoral, Bolsonaro tem ampliado os ataques à Petrobras e cobrado redução na margem de lucro.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro chegou a chamar o lucro da empresa de “estupro”.

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Petrobras: Bolsonaro quer redução na distribuição de dividendos da empresa

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), havia sugerido nesta segunda (16) que o governo pretende modificar a política de distribuição de dividendos da Petrobras, reduzindo o percentual que os acionistas recebem com os lucros da empresa.

Bolsonaro voltou a criticar a companhia por seus lucros e sua política de preços em contexto de crise. “Com toda certeza vamos entrar na Petrobras nessas questões também. Não é possível a petrolífera dar 30% de lucro enquanto as outras dão no máximo 15%, para atender interesses não sei de quem”, disse ele aos simpatizantes no cercadinho no Palácio do Alvorada.

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O presidente disse que a empresa tem “lucro excessivo“. Na avaliação do chefe do Executivo, “todo mundo tem que colaborar” e a Petrobras precisa exercer sua função social. “Todo mundo tem que colaborar, não é ganhar mais dinheiro na crise. É o que infelizmente alguns setores fazem, como a própria Petrobras. ‘Ah tem o estatuto’. Estatuto está acima da lei, não está acima da Constituição. Então, tem o fim social da empresa. O que está em jogo é o futuro do Brasil”, declarou.

“As petrolíferas do mundo todo tiveram de diminuir sua margem de lucro, exceto a Petrobras Futebol Clube, essa aí está preocupada em ser campeã do mundo”, disse o presidente em evento com empresários em São Paulo. “Nada contra empresa ter lucro, tem de ter lucro, se não tiver, não existe mercado livre, democracia”, acrescentou.

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Na semana retrasada, Bolsonaro disse que o lucro da Petrobras era um “estupro” contra a população brasileira e cobrou a estatal a não reajustar o preço dos combustíveis, o que aconteceu na semana seguinte. Depois disso, ele demitiu Bento Albuquerque do ministério de Minas e Energia e deu o cargo a Adolfo Sachsida.

No último dia 5, a Petrobras (PETR4) anunciou lucro líquido de R$ 44,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), equivalente a uma alta de 3.718% frente ao R$ 1,16 bilhão registrados entre janeiro e março de 2021.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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