Eletrobras (ELET3): lucro líquido no 1T22 cresce 69% e chega a R$ 2,716 bilhões
A Eletrobras (ELET3) divulgou nesta segunda (16) o balanço do primeiro trimestre de 2022. A companhia apurou avanço de 69% no lucro líquido, ante o mesmo período de 2021, somando no total das operações continuadas R$ 2,716 bilhões.
O comunicado que acompanha os números do desempenho trimestral da estatal explica assim o resultado: “O 1T22 foi impactado, positivamente, pelo desempenho financeiro da companhia, com destaque para o efeito positivo da variação cambial e aumento de 12% da receita bruta.”
De janeiro a março, diz a Eletrobras, a receita operacional líquida avançou 12%, na base anual de comparação, para R$ 9,181 bilhões, contra os R$ 8.208 milhões no 1T21. Segundo a Eletrobras, esse crescimento foi influenciado “pela melhor performance nos contratos bilaterais e pelo reajuste das receitas de transmissão.”
Já o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) cresceu 9,6% para R$ 5,428 bilhões, ante os R$ 4.95 2milhões do 1T21. “O crescimento recorrente, em 2022, demonstra a melhora na performance operacional da companhia”, diz a Eletrobras.
Segundo a empresa, no primeiro trimestre deste ano houve redução de 3,4% nos custos com Pessoal, Material Serviços de Terceiros e Outras Despesas (PMSO).
Além disso, a companhia destacou que realizou Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa de R$ 1,226 bilhão, decorrente da inadimplência da Amazonas Energia, sendo R$ 867 milhões referentes à compra de energia elétrica dos produtores independentes de energia (PIE) localizados no Amazonas e R$ 359 milhões referentes a contratos de empréstimo devidos por essa distribuidora.
Eletrobras (ELET3): TCU confirma data de julgamento sobre a privatização
O Tribunal de Contas da União (TCU) retoma na próxima quarta-feira (18), a análise da privatização da Eletrobras (ELET3). O processo foi incluído na pauta da sessão plenária, divulgada nesta sexta-feira (13). O resultado do julgamento é aguardado pelo governo, que vê a possibilidade de realizar a operação até agosto deste ano.
A análise da segunda etapa da privatização no órgão fiscalizador começou em 20 de abril, com a apresentação do voto do relator, ministro Aroldo Cedraz. A discussão, no entanto, foi adiada após o ministro Vital do Rêgo apresentar um pedido de vistas, por 20 dias.
Na última quarta-feira, 11, Vital do Rêgo determinou a abertura de um processo para avaliar procedimentos contábeis de provisionamentos relativos a litígios judiciais referentes a empréstimos compulsórios de energia na Eletrobras. No início do mês, o ministro já havia encaminhado solicitação de informações e documentos para a estatal.
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Com Estadão Conteúdo