Paulo Guedes afirma que renuncia se Previdência virar “reforminha”, diz revista
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que renunciará ao cargo caso a reforma da Previdência vire uma “reforminha”. “Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar”, disse o economista à Revista Veja.
Paulo Guedes também alertou que o Brasil pode quebrar em 2020 caso a proposta do governo, com a economia estimada, não seja aprovada. “Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios”, disse ainda.
Entretanto, o ministro garantiu que não deixaria o cargo no dia seguinte ao resultado de uma Previdência fraca. Isso porque ele se disse responsável e não inconsequente. Porém, Guedes deixou claro que não permanece na pasta da Economia se isso ocorrer. “Se só eu quero a reforma, vou embora para casa”, disse na entrevista.
Saiba Mais: Paulo Guedes diz que entrar para a OCDE é ir para a 1ª divisão
Economia da Previdência
A reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso estima uma economia de cerca de R$ 1,2 trilhão em dez anos. Guedes afirmou que a equipe econômica e o presidente Jair Bolsonaro estão empenhados em aprovar o texto original.
O ministro alegou estar ciente de que alterações devem ser feitas. Contudo, o receio do governo é de que as mudanças feitas pelos parlamentares “desidratem” demais a PEC. Dessa forma, a economia estaria comprometida e, de acordo com Guedes, ela é essencial para o equilíbrio fiscal do País.
Saiba Mais: Previdência: Guedes se diz otimista com “potência fiscal” de reforma
Segundo o economista, a margem de negociação que não comprometeria a economia é de no mínimo R$ 800 bilhões. Além disso, o discurso do ministro é de que a proposta da Previdência vai além das contas públicas. Sendo assim, ele defendeu a importância da PEC no combate à desigualdade no País.
