Petróleo fecha em forte queda, com impasse sobre embargo da UE a óleo russo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira, 10. O impasse pelo potencial embargo da União Europeia ao óleo russo pressionou os preços da commodity. A Hungria continua reticente com a proposta, e líderes como o presidente francês, Emmanuel Macron, buscam convencer o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán a aderir ao banimento das importações, que precisa de uma unanimidade para ser aprovado. Neste cenário, o barril em Nova York perdeu a marca simbólica de US$ 100.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para junho caiu 3,23% (US$ 3,33), a US$ 99,76 o barril, enquanto o do Brent recuou 3,28% (US$ 3,48), a US$ 102,46, na Intercontinental Exchange (ICE).

Para o Commerzbank, o embargo de petróleo planejado da UE contra a Rússia ainda não parece ter recebido luz verde, pois a Hungria ainda ameaça vetá-lo. A presidente da comissão, Ursula von der Leyen, viajou nesta segunda-feira, 9, a Budapeste para tentar resolver a questão e, embora as negociações tenham aparentemente progredido, nenhum avanço foi alcançado. Além disso, a UE parece estar abandonando seu plano original de proibir petroleiros registrados na Europa de transportar petróleo russo, embora o seguro de tais embarques ainda esteja proibido, lembra o banco alemão.

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Na visão do TD Securities, é importante ressaltar que uma proibição de seguros pode continuar sendo um impedimento significativo para as exportações de petróleo da Rússia, apesar de o bloco supostamente ter derrubado a proibição de remessas. Além disso, isso também abre a porta para sanções adicionais dos EUA, que podem impor restrições às mesmas vias de contorno de sanções, afirma.

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Nesta terça, Macron também visitou a capital húngara para se reunir com Orbán. Segundo agências de notícias, o Alto Representante da UE, Josep Borrell, disse esperar por um acordo entre os países-membros do bloco em prol do embargo em breve, mas ressaltou que algumas “dificuldades” seguem “pendentes”. O diplomata quer que a questão seja resolvida até a próxima reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE, no dia 16.

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Apesar da queda recente, um analista da Oanda Edward Moya aponta que os investidores de energia não esquecerão o quão apertado é o mercado de petróleo e também como os preços reagirão quando a UE conseguir impor as sanções.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Marco Antônio Lopes

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