Caminhoneiros pressionam e governo estuda medidas para ‘aliviar’ alta do diesel

Após um reajuste de 8,87% no preço no diesel pela Petrobras (PETR4) nesta segunda-feira (9), com efeitos a partir de hoje (10), o Governo Federal tenta achar uma medida para atenuar a tensão com os caminhoneiros.

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Líder da greve dos caminhoneiros em 2018, Wallace Landim, o Chorão, gravou um vídeo recentemente reclamando que “o diesel vai chegar a R$ 8 com esse novo aumento“.

A mensagem, que foi distribuída à sua base de contatos por meios digitais, reafirma a sua postura como de alguém “indignado” com o reajuste no preço do diesel. “Gente, não podemos ficar quietos. Nós precisamos fazer alguma coisa”, disse.

Segundo informações do jornal O Globo, o Planalto estuda fazer a correção da tabela do frete de forma mais frequente, para acompanhar o reajuste dos combustíveis e aliviar os preços do setor.

Além disso, estão em estudo medidas que desburocratizam – e consequentemente reduzem os custos – dos registros na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Essas medidas afetariam os processos de emplacamento de caminhões e emissão da carteira de habilitação, além da contribuição previdenciária sobre o frete.

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Segundo o regramento atual, há uma nova tabela de frete para os caminhoneiros a cada seis meses, além de uma correção baseada no preço do diesel sempre que o combustível sobe 10%. Segundo os profissionais, esse sistema tende a atrasar e gerar defasagem, prejudicando a categoria como um todo.

Entenda a alta do diesel que gera indignação nos caminhoneiros

Seguindo a tendência de alta na cotação do petróleo, o diesel teve seu preço reajustado fortemente nos últimos meses, o que é justificado pela Petrobras como uma medida para reduzir a defasagem em relação aos preços internacionais, assim como a gasolina.

No fim de outubro, por exemplo, o litro do diesel custava R$ 3,34 nas refinarias – preço que é repassado ao consumidor final. Atualmente, o litro do combustível já custa quase R$ 5 após o reajuste desta segunda (9), que elevou o valor de R$ 4,51 para R$ 4,91.

A estatal justificou o aumento destacando que o último reajuste ocorreu há cerca de dois meses, em 11 de março, quando “refletia apenas parte da elevação observada nos preços de mercado“.

“Esta decisão observou tanto o desalinhamento nos preços quanto a elevada volatilidade no mercado”, afirmou a Petrobras, em nota. “Desde aquela data, a companhia manteve os seus preços de diesel e gasolina inalterados e reduziu os preços de GLP, observando a dinâmica de mercado de cada produto”, completou.

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Além disso, a Petrobras aponta que, no momento, há uma redução na oferta de diesel, que pressiona os preços globalmente.

“Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras. Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, diz a estatal.

O reajuste, que gerou indignação dos caminhoneiros, foi apontado pela companhia como uma forma de “reiterar seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado”, disse a Petrobras.

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Eduardo Vargas

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