JBS cai 6% com exportações de carne suína da UE para a China em alta

As ações da JBS (JBSS3) apresentam queda na tarde desta terça-feira (21). No encerramento da sessão, a baixa já havia atingido 6,54%, e os papeis eram cotados a R$ 22,44 na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). O fato ocorre após divulgação das exportações de carne suína da União Europeia (UE) à China.

Além da JBS, a BRF (BRFS3), dona das marcas Sadia, Perdigão, Qualy, Paty, Dánica e Bocatti, também tinha queda na B3. Também no fim do pregão, a companhia perdia 5,59% e tinha os ativos vendidos a R$ 30,04.

A China vem enfrentando dificuldades na oferta de carne suína, devido ao surto de peste suína africana no país. Desta forma, a União Europeia aumentou em 26% as exportações de carne suína para a nação asiática no primeiro trimestre de 2019, ante o mesmo período do ano passado.

A importação de carne suína europeia feita pela China totaliza 454.216 toneladas, conforme o “Globo Rural”.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2022/10/Desktop-1420x240-2.png

Peste suína africana na China

Segundo o jornal, a peste suína africana já provocou o abate de 1 milhão de porcos na China. O abate sanitário corresponde a 20% da produção, algo em torno de 10 milhões de toneladas de carne.

O país é o maior produtor mundial de carne suína, com cerca de 54 milhões de toneladas por ano.

Os sintomas da doença nos porcos são febre alta, sangramento e dificuldade respiratória, segundo o veterinário Enrico Ortolani. “Ela não passa para os humanos, mas é contagiosa e fatal para os animais porque não tem vacina nem cura”, explicou o veterinário.

Saiba mais – JBS sobe 8% após CEO dizer que peste suína na China alavancou lucro

Maior venda de frango

O porco leva oito meses para chegar ao ponto de abate. Assim, o Brasil não consegue suprir imediatamente a alta na demanda por carne suína para exportação. Entretanto, o País se beneficia com o crescimento da demanda chinesa por outros tipos de carne, como o frango, conforme o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.

“A China nesses 3 meses já se tornou a maior importadora de carnes e suínos [do Brasil]. Para a nossa surpresa, também de aves, suplantando a própria Arábia Saudita, que foi, durante 20 anos, o maior importador. Eles perderam espaço porque a China está precisando de proteína animal”, declarou Turra.

Saiba mais – Brasil não consegue ampliar nº de frigoríficos que podem exportar para China

Ministra da Agricultura e Vice-presidente viajam à China

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), não conseguiu uma confirmação de que a China continuará comprando mais carnes do Brasil. A representante do governo brasileiro viajou ao país na última semana, e reuniu-se com o ministério chinês na quarta-feira (16).

O Brasil tenta habilitar 78 plantas para exportação ao mercado chinês. Dentre as carnes produzidas pelos frigoríficos estão:

  • bovina;
  • suína;
  • e aves.

O governo deve insistir na possibilidade de ampliar a exportação de carnes para o país asiático. Com esta sendo uma das razões, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, (PRTB) está na China desde o último domingo (19).

Amanda Gushiken

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno