TIM (TIMS3) quer se desfazer de 60% das torres da Oi Móvel (OIBR3), diz jornal
A TIM (TIMS3) planeja se desfazer de 60% das torres que receberá pela aquisição da Oi Móvel (OIBR3). A empresa deve manter apenas 2,8 mil torres do total de 7,2 mil. De acordo com o plano divulgado pela companhia, a desativação começa ainda este ano e terminará em 2030. As informações são do jornal Valor Econômico.
Esses 40% que serão mantidos estão em locais novos, ainda sem a infraestrutura da TIM instalada.
A empresa quer acelerar a estratégia, que pode atingir o objetivo de manter apenas 2,8 mil torres já em 2024. De um lado, haverá um valor presente líquido positivo, mas por outro, pode também significar desembolsos maiores a curto prazo, já que a TIM estará sujeita a penalidades por rescisão antecipada de contratos de torres.
O descomissionamento dos locais duplicados ou desnecessários levam a uma possível redução de custo, que já seriam necessários para contratar torres e leasing futuro. Os contratos de leasing são de R$ 4,1 bilhões, inseridos em dívida pelo padrão contábil IFRS 16.
Conforme os planos, a TIM quer vender 50% das estações radiobase (ERBs) que. vindas da Oi, totalizam 3,5 mil. Caso não haja interessados na compra das ERBs, elas também podem ser incluídas na estratégia de desativação.
A TIM adquiriu parte da Oi Móvel em janeiro de 2021, em conjunto com a Telefônica (VIVT3) e Claro. Concluído recentemente por razões regulatórias, o valor total do negócio foi de R$ 15,92 bilhões. A parte da TIM ficou em R$ 6,98 bilhões.
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TIM (TIMS3) dá grande passo com ativos da Oi (OIBR3) e prevê sinergias de R$ 16 bi
Com a aquisição dos ativos móveis da Oi (OIBR3), a TIM (TIMS3) dispara na competição com as outras operadoras como Vivo (VIVT3) e Claro.
Isso porque a TIM arrebatou a maior fatia da Oi Móvel no consórcio entre as operadoras. Na aquisição, a TIM ficou com quase metade do espectro e dos sites, e 40% dos clientes da Oi.
“Com o fechamento da transação, a TIM dá um grande passo no cenário nacional, finalmente podendo competir de forma equilibrada com seus principais concorrentes no que diz respeito à sua infraestrutura e representatividade geográfica de sua base de clientes e com expectativa de significativa criação de valor para os seus acionistas”, afirmou a empresa em fato relevante na última quarta, em que comunica a conclusão da operação.
A TIM estima ter R$ 16 bilhões em ganhos de sinergias no longo prazo. Além disso, a operadora prevê investimentos e cortes de custos com a aquisição.
Segundo o jornal Valor Econômico, pelos cálculos da Anatel, as sinergias totais com a venda da Oi Móvel seriam de 13 bilhões , no mínimo, de 2021 a 2030. O maior ganho seria da TIM (R$ 8 bilhões), depois Vivo (R$ 4,9 bilhões) e Claro (R$ 270 milhões). O cálculo teve como base as operações combinadas de cada tele com os ativos da Oi.
O diretor-presidente da tele, Alberto Griselli explicou ao jornal que os cálculos da TIM, comparados aos da Anatel, são mais amplos e consideram diversos fatores. “Fizemos o fluxo de caixa da sinergia, tanto de receita quanto de custo, traduzimos a valor presente, que chega a R$ 16 bilhões.”
O diretor-presidente disse ainda que as sinergias técnicas relacionadas à otimização de investimentos, com economia de custos, equivalem a R$ 12 bilhões. Esse valor é atribuído, principalmente, aos espectros que recebeu na compra da Oi.
Com isso, a TIM poderá reduzir gastos com compartilhamento de rede, lançar mais serviços, expandir a infraestrutura, melhorar a cobertura de sinal e os serviços para os seus clientes e os oriundos da Oi.