EDP (ENBR3): analistas esperam dividendos fortes para 2022, entenda
Após o encontro de Investor Day da Energias do Brasil, EDP, (ENBR3), o BTG Pactual manteve sua recomendação para as ações da empresa neutra. Segundo os analistas, o potencial de alta para o papel da empresa é limitado, porém, trata-se de um bom nome para dividendos.
Em relatório, os analistas apontam que a EDP possui uma política de dividendos que estabelece um payout mínimo de 50% do lucro líquido ajustado, com uma alavancagem alvo de 2,5x a 3,0x. Em 2021, o payout entregue foi de 75%, com pagamento total de R$ 1,3 bilhão aos acionistas.
Além disso, a empresa também dá retorno aos investidores por meio de programas de recompra de ações. No ano passado, a EDP concluiu um programa de recompra de 25,7 milhões de ações e anunciou um segundo programa de 23,6 milhões de ações. Este, está 38,5% concluído.
“Eles não decidiram ainda se haverá um terceiro programa, mas afirmaram que o controlador não que prejudicar a liquidez das ações”, diz o relatório.
Para o BTG, a recomendação para as ações continua neutra, com um potencial de alta limitado a 12,5%, para R$ 24,00, considerando o último fechamento de R$ 21,33.
“EDP oferece forte política de dividendos”, diz Safra
Em sua última atualização de estimativas para o setor de energia, ao final de fevereiro, o Safra também destacou a forte política de dividendos da Energia do Brasil.
Segundo os analistas do banco de investimentos, a visão é cautelosa para as iniciativas de crescimento da empresa, devido à grande concorrência no segmento de energias renováveis, porém, a “política de dividendos parece minar os riscos potenciais em 2022”.
Além disso, o relatório aponta possíveis ganhos com a venda de ativos de usinas hidrelétricas. O plano é vender três ativos neste ano.
“O objetivo é selecionar um ou dois compradores em potencial este mês, e a administração espera vender todas as três fábricas ou, na pior das hipóteses, pelo menos duas delas”, diz o relatório do BTG Pactual.
Vale a pena investir em ENBR3?
O Safra destaca três pontos positivos em sua tese de investimentos na EDP. São eles:
- Ser um player defensivo;
- Crescimento em transmissões deverá entregar bons resultados;
- Boa revisão de tarifas de distribuição e time de gerenciamento sólido já estão refletidos no preço da ação.
Por outro lado, pode prejudicar a empresa uma alocação de capital desfavorável, devido à concorrência em energias renováveis; um menor desempenho do que o esperado para distribuição e um Capex superior em projetos de construção.
O Safra tem recomendação de compra para as ações da EDP, com preço-alvo de 22,60.
Nesta segunda (25), os papéis da empresa de energia amargam perdas na Bolsa. Por volta as 10h35 (horário de Brasília), o recuo era de 1,36%, para R$ 21,03. Em 12 meses, entretanto, a EDP acumula 22% de ganhos.