Vale constrói muro para tentar conter lama da barragem de Barão de Cocais

A Vale iniciou as obras para construir um muro na barragem de Barão de Cocais, Minas Gerais. Com isso, o objetivo da mineradora é tentar conter a lama caso a barragem se rompa. Isso porque a empresa informou na última semana que a estrutura corre risco de romper a qualquer momento. O rompimento pode ocorrer desde o último domingo (19) até próximo dia 25.

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Dessa forma, a Vale anunciou que começou a terraplanagem para “construção da contenção em concreto” na quinta-feira (16). As obras ocorrem a uma distância de 6 quilômetros da barragem. 

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“Além dessa estrutura que, após concluída, fará a retenção de grande parte do volume de rejeitos da barragem Sul Superior em caso de rompimento, a Vale está realizando intervenções de terraplenagem, contenções com telas metálicas e posicionamento de blocos de granito. Essa obra atuará como barreira física no sentido de reduzir a velocidade de avanço de uma possível mancha, contendo o espalhamento do material a uma área mais restrita”, disse a Vale, em nota.

Em março, a barragem Superior Sul teve nível de segurança elevado para 3. Isso ocorreu porque auditores se negaram a declarar a estrutura como estável. Assim, o nível significa que a barragem de rejeitos pode romper a qualquer momento.

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A empresa informou também que o objetivo com a construção do muro é reduzir os impactos ambientais e sociais do possível desastre. Assim, a Defesa Civil de Minas Gerais liberou a construção da estrutura de contenção. A liberação foi feita desde 25 de março. Contudo, na época, a Vale não confirmou que faria a construção.

Justiça multa Vale

Por conta desta previsão de rompimento, a Justiça elevou a multa da Vale para o teto de R$ 300 milhões. Além disso, ordenou que a mineradora apresente em 72 horas um estudo. Com isso, o objetivo é determinar os impactos do rompimento da barragem Sul Superior.

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O Ministério Público afirma que a empresa não apresentou estudos prevendo impactos do vazamento de rejeitos do complexo. Segundo o MP-MG, a situação da barragem estaria em pior situação do que o apresentado pela Vale. Em contrapartida, a companhia nega que não tenha entregado o material.

Beatriz Oliveira

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