Como começou e para onde vai o FII mais popular da Bolsa?

10 anos de MXRF11

No dia 13 de abril de 2012,  o fundo imobiliário MXRF11 celebrou a sua listagem na bolsa de valores brasileira. 

Repórter: Monique Lima

Naquele momento, o FII já nasceu como um ativo híbrido, mas com um portfólio e estratégia de gestão muito diferente da que tem no presente.

Ele tinha uma gestão passiva, como era comum naquele momento. Mas o MXRF11 nasceu com uma característica bem diferente dos demais, que era sua multiestratégia: investir em outros fundos, CRIs e também em desenvolvimento imobiliário”

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conta André Masetti,  gestor do Maxi Renda

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Embora diferenciado,  Masetti lembra que o FII  tinha diversos reveses e era  “sem graça” comparado  aos níveis atuais.

Segundo o gestor, o book  de CRIs tinha problemas  de inadimplência, os  contratos de desenvolvimento  eram mal estruturados e a  carteira de FOFs investia em  fundos com custo de  aquisição elevados.

No IPO do MXRF11, a cota  valia R$ 97,00, com 538.834 papéis em circulação. O patrimônio líquido do FII  estava avaliado em  R$ 52,26 milhões.

O mercado era pouco desenvolvido, com bem menos investidores (cerca de 100 mil), o patrimônio líquido era baixo e a liquidez, também. Ficou assim por alguns anos, até que a própria indústria evoluiu e o fundo correu atrás de melhorias

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diz  André Masetti. 

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O ponto de virada do MXRF11

Hoje, o preço da cota do fundo está em R$ 9,51, para os 226,04 milhões de papéis em circulação. O Maxi Renda tem o maior volume de cotistas da indústria de fundos imobiliários, com 515.542 investidores.

O caminho que levou o  MXRF11 a ser o maior FII  em termos de cotistas e  ser relevante no mercado  só começou a ser trilhado  a partir de 2017.