Guedes cogita “associação” entre Banco do Brasil e Bank of America

O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou novamente sobre a possibilidade de uma “associação” entre o Banco do Brasil (BB) e o Bank of America (BofA) Merrill Lynch, na última quinta-feira (16).

“Vamos procurar fazer uma associação entre o Banco do Brasil e o Bank of America. São bancos bons para empréstimos agrícolas. Já fizemos uma nova relação entre Embraer (EMBR3) e Boeing. Vamos construir empresas transnacionais. E ultrapassar as nossas fronteiras na procura de melhores oportunidades econômicas”, afirmou Guedes, em discurso na cidade de Dallas (EUA).

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O evento em Dallas foi realizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos (EUA). E tinha por objetivo homenagear o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em 7 de novembro de 2018, após a votação do segundo turno da eleição presidencial, Guedes havia dito para o portal “Poder360” que a equipe econômica estudava a fusão do Banco do Brasil (BBAS3) com o Bank of America Merrill Lynch.

Guedes é amigo do presidente do BofA para América Latina, Alexandre Bettamio. Antes de tornar-se ministro, Guedes era conhecido no mercado financeiro por ter sido um dos quatro fundadores do Banco BTG Pactual (BPAC11), além do think-tank Instituto Millenium (RJ).

Reforma da Previdência, quebra de monopólios no petróleo e gás, e integração da América Latina

Confira outros pontos mencionados pelo ministro no breve discurso:

  1. Guedes citou positivamente a possibilidade de um acordo similar entre a Boeing e a Embraer.
  2. O ministro voltou a defender a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência, novamente afirmando que o Brasil está em um “buraco negro” causado pelo desequilíbrio das contas públicas.
  3. Acerca da aos mercados de petróleo e gás, o ministro declarou que a “quebra de monopólios” levará à “reindustrialização” da economia brasileira.
  4. Guedes elogiou Jair Bolsonaro, e na opinião do ministro, o presidente “nomeou um gabinete que fala a mesma língua”.
  5. Além disso, o economista liberal afirmou que tem boas relações com  o presidente da Argentina, Mauricio Macri, e o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.

“Nosso presidente buscará unificar América Latina como uma economia de mercado”, completou Guedes.

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Alexandre Bettamio foi cogitado para presidência do Banco do Brasil

Alexandre Bettamio recusou convite para ser CEO do Banco do Brasil durante governo Bolsonaro

O presidente do Bank of America na América Latina teria recusado convite do governo Bolsonaro para liderar o banco estatal. O fato teria ocorrido perto do dia 30 de outubro de 2018, de acordo com o “Estado de S. Paulo”.

Assim, em 5 de novembro do ano passado, Marcelo Augusto Dutra Labuto foi nomeado como CEO. A passagem de cargo deveu-se ao pedido de demissão de Paulo Caffarelli, que passou a ser o presidente-executivo da Cielo (CIEL3).

Portanto, a nomeação de Labuta foi assinada ainda pelo ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), e pelo ministro da Fazenda de seu governo, Eduardo Guardia.

Em 7 de janeiro, Rubem Novaes assumiu a presidência do Banco do Brasil, já na gestão Bolsonaro.

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CEO do Banco do Brasil é a favor da privatização do banco

O presidente do BB, Rubem Novaes, declarou o banco seria mais eficiente se fosse privatizado. A fala ocorreu em 14 de fevereiro, em palestra do evento “A Nova Economia Liberal”, na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“Se o BB fosse privatizado, seria mais eficiente e todos ganhariam”. Contudo,  “não está em cogitação hoje nenhuma privatização realmente relevante das estatais”, afirmou Novaes.

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Possível privatização do BB DTVM

A possibilidade de privatização da BB DTVM, líder da indústria nacional de fundos de investimento e carteiras administradas, foi divulgada em 2 de dezembro do ano passado.

O “Blog do Lauro Jardim” publicou que a controlada do Banco do Brasil tinha a privatização na agenda econômica de Paulo Guedes.

Rubem Novaes declarou no início de abril ao jornal “O Globo” a intenção de abrir o capital da empresa.

“O meu sonho é que o BB se torne uma grande ‘Corporation‘, mas o país não está preparado para isso”, afirmou Novaes. O CEO do Banco do Brasil também afirmou que vê maior sentido em uma parceria na BB DTVM. Com isso, o negócio ganharia corpo, para então realizar o IPO.

Amanda Gushiken

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