União registra o menor patamar de investimento no 1° trimestre de 2019

No primeiro trimestre deste ano a União registrou o menor patamar de investimentos da história. O valor de janeiro a março, corresponde a 0,35% do Produto Interno Bruto (PIB).

De acordo com a União esse resultado é devido ao controle de gastos do governo que enfrenta uma dificuldade em cumprir a meta fiscal do ano.

Conforme o jornal “Valor Econômico” as informações são baseadas nos dados recentes de investimentos divulgados pelo Tesouro Nacional. Juntamente, com os dados preliminares do PIB analisados pelo do Banco Central (BC).

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Investimentos

Pela definição do Tesouro, é reconhecido como investimentos, despesas que contribuem para a produção ou geração de bens que serão parte do patrimônio público, como:

  • obras;
  • instalações;
  • compras de maquinas e equipamentos.

O valor de R$ 6,2 bilhões aplicados nos três primeiros meses corresponde a um recuo de 30% quando comparado com o mesmo período no ano de 2018.

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As despesas correntes de custeio tiveram uma queda de 7%, totalizando R$ 43,7 bilhões. É reconhecido como despesas correntes de custeio, gastos ligados ao funcionamento cotidiano da máquina público, como

  • água;
  • luz;
  • e despesas diárias.

Restrição orçamentária

De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Manuseto Almeida, os níveis baixo de investimentos é por causa da dificuldade do governo em cumprir a meta fiscal.

“Estamos indo de fato para um nível muito baixo de investimento público. Entre outras coisas porque neste ano tivemos que fazer um contingenciamento muito grande para cumprir a meta de primário”, disse Almeida.

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“A despesa que mais tem sido sacrificada é o investimento público, que já é muito baixo dado o tamanho da carga tributária. Já está chegando num nível muito crítico”, completa o secretário.

Cortes em investimentos não contribui

Para o ex-secretário do Ministério da Fazenda, Manoel Pires, os cortes em investimentos não contribui. Pelo contrário, Pires acredita que pode agravar o cenário econômico.

“Claramente não ajuda o cenário de atividade. Soma-se a isso o que acontece nos Estados, que também estão retraindo bastante as despesas”, afirma o ex-secretário.

Pires tem duas sugestões de saídas enquanto a reforma da Previdência não é aprovada.

  1. ganho com receitas extraordinárias;
  2. ou revisar meta de resultado primário do ano.

De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI), o governo está perdendo a capacidade de promover investimentos diante do avanço das outras despesas.

“Será difícil para o Estado retomar a capacidade de ampliar despesas de capital enquanto a dinâmica do gasto obrigatório continuar a exercer pressão”, afirma o IFI.

Além disso para órgão, o ajuste fiscal continuará penalizando os investimentos da União. Isso se a trajetória das despesas obrigatórias não forem revistas.

Poliana Santos

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