Radar: novo CEO da Petrobras (PETR4), BRF (BRFS3) perde CFO para a Raízen (RAIZ4), TCU quer reajuste na ação da Eletrobras (ELET3)

Após o impasse com a desistência de Adriano Pires para o comando da Petrobras (PETR4), o governo anunciou nesta quarta (6) o indicado para substituir o general Joaquim Silva e Luna, demitido no último dia 28, na presidência da companhia. O nome escolhido, divulgado pelo ministério das Minas e Energia nesta quarta (6), é o de  José Mauro Ferreira Coelho, que preside o Conselho de Administração da PPSA (estatal responsável pela exploração do pré-sal) e foi secretário de Petróleo e Gás do MME.

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Ex-militar, Coelho é nome de confiança do ministro Bento Albuquerque. É técnico da área e executivo ligado ao setor de petróleo. O nome dele ainda precisa passar pelo crivo dos acionistas na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária, no próximo dia 13 de abril.

O ministério das Minas e Energia também anunciou a indicação de Márcio Weber à Presidência do Conselho de Administração da Petrobras. Weber é atual conselheiro da empresa. Foi membro da Diretoria de Serviços da Petrobras Internacional (Braspetro) e diretor da Petroserv S.A. Ele chegou a ser cotado como indicação a CEO da companhia.

A indicação de Weber saiu depois que o presidente do clube de futebol Flamengo, Rodolfo Landim, anunciar a desistência do cargo na noite de domingo (3).

Weber também precisa ser aprovado em assembleia de acionistas da Petrobras no dia 13. O governo tem a maioria das ações da Petrobras com direito a voto. O indicado para a presidência do Conselho de Administração já passou por todas as etapas de análise do cumprimento das regras internas da companhia.

Atual presidente do Conselho de Administração da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal responsável por comercializar o óleo e o gás extraídos da camada pré-sal, Coelho foi secretário de Petróleo do ministério entre março e 2020 e outubro de 2021. Ele também foi diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e atuou na Agência Nacional do Petróleo (ANP) por 15 anos.

Além da Petrobras, confira outros destaques desta quarta-feira:

BRF (BRFS3) perde CFO para a Raízen (RAIZ4) e anuncia substituições; confira os nomes

  • O CFO da BRF (BRFS3)Carlos Moura, recebeu uma proposta da Raízen (RAIZ4) e vai sair da companhia.
  • Conforme fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela Raízen, o executivo inicia na empresa a partir de 1º de junho. O CFO da companhia era Guilherme José de Vasconcelos Cerqueira.
  • Ex-vice-presidente de finanças e relações com investidores da dona de Sadia e Perdigão, Moura sai da BRF e, na nova companhia, passará a responder ao CEO da Raízen, Ricardo Mussa.
  • Moura sai da BRF após dois anos e sete meses, quase ao mesmo tempo em que a Marfrig (MRFG3) havia assumido controle da empresa. Não foi o único a sair da empresa. Sidney Manzaro, vice-presidente da divisão Brasil, responsável pelas estratégias da Sadia e Perdigão, no principal mercado de atuação da BRF, também pediu para sair.
  • Manzaro ficou quatro anos como vice-presidente e, de acordo com o jornal, tinha a intenção de voltar à carreira de empreendedor.
  • Em notícia antecipada pelo jornal Pipeline, as saídas de ambos os executivos não foram vistas como rupturas. Não foi considerada uma intervenção de Marcos Molina, CEO da Marfrig, uma vez que o novo conselho de administração foi reunido pela primeira vez nesta quarta-feira (6).
  • De acordo com a equipe de Research da Ativa Investimentos, a saída dos executivos uma semana após a eleição da chapa indicada pela Marfrig levanta dúvidas sobre a interferência da gigante de carne bovina na gestão da BRF. “Porém, tendo em vista que a companhia pretende resolver a sucessão internamente por meio da promoção de funcionários, a notícia é neutra para a companhia”, dizem os analistas.
  • Outro ponto importante a ser considerado na saída de Carlos Moura é a oportunidade de fazer parte da gigante Raízen, um negócio de mais de R$ 150 bilhões que traz uma tese de investimento mais intensa quando se trata da transição para energias renováveis.
  • Fontes ouvidas pelo Pipeline afirmam que Molina vai montar uma gestão para a BRF com promoções internas, especialmente para evitar o turnover elevado que a companhia viu recentemente.
  • Após a publicação da notícia, a BRF anunciou seu próximo vice-presidente de finanças e de relações com investidores, com a nomeação de Fabio Mariano, na empresa desde 2008, que ocupava o cargo de chefe global de tesouraria. Para a substituição de Sidney Manzaro, a companhia nomeou Manoel Martins, que vai assumir o cargo de Diretor Executivo Comercial Brasil.
  • Moura marcou sua passagem na companhia nos últimos dois anos: após ser contratado em setembro de 2020, o executivo decidiu focar no alongamento das dívidas. Sob sua gestão, a companhia emitiu US$ 500 milhões em um bond de 30 anos, o que deu tranquilidade em meio à pandemia para ampliar investimentos, e incluiu mais de R$ 1 bilhão em M&As para ganhar musculatura em pet food.

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Toyota (TMCO34) pretende fechar fábrica de São Bernardo do Campo e vender terreno

  • A Toyota (TMCO34) anunciou que irá fechar a fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que produz peças para outras unidades da montadora no Brasil e na Argentina. Em comunicado divulgado na terça-feira (5), a empresa afirmou que irá transferir a operação para as suas unidades no interior de São Paulo: Sorocaba, Indaiatuba e Porto Feliz.
  • A intenção da Toyota é buscar mais sinergia entre as unidades produtivas para aumentar a competitividade “frente aos desafios do mercado brasileiro e da sustentabilidade de seus negócios no País”, diz o comunicado. A montadora de automóveis ainda ressalta que a mudança será feita de forma gradual a partir de dezembro de 2022, com conclusão prevista para novembro do ano que vem.
  • O movimento, sustenta a Toyota, prevê a manutenção dos empregos dos 550 funcionários da empresa na fábrica, de modo que será oferecida oportunidade de transferência da unidade de São Bernardo do Campo para as outras fábricas.
  • Após desocupar a instalação, a Toyota pretende vender a fábrica de São Bernardo do Campo. Inaugurada há 60 anos, a unidade produziu modelos brasileiros como o jipe Bandeirante até 2001, tornando-se a sede administrativa da Toyota na região.
  • Além disso, a fábrica de São Bernardo do Campo tornou-se base de testes de novas tecnologias da marca com o passar dos anos.
  • De lá para cá, no entanto, os incentivos à fabricação nacional de carros com sistemas de propulsão elétrica não apareceram, e a Toyota não só priorizou investimentos em operações no interior de São Paulo, como tirou de São Bernardo a administração do negócio, transferindo seus executivos para Sorocaba.
  • São Bernardo seguiu, assim, funcionando como fornecedor de peças que equipam modelos montados nas demais fábricas da Toyota no Brasil e na Argentina, exportando também componentes aos Estados Unidos.
  • A ideia é desativar São Bernardo até novembro do ano que vem, num cronograma de desligamento que começará em dezembro deste ano. Como o plano da multinacional japonesa é de abrir negociações com interessados pelo terreno, não restará nem o espaço no local onde a Toyota apresenta sua história a visitantes, incluindo a exposição de um exemplar do Bandeirante.

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Clientes do Nubank (NUBR33) terão 2 meses gratuitos de acesso ao Duolingo

  • O Duolingo – plataforma de idiomas – e o Nubank  (NUBR33) firmaram neste mês uma parceria para oferecer dois meses gratuitos de Duolingo Plus aos clientes da plataforma de marketplace da empresa, que passam a ter acesso aos mais de 100 cursos em 40 idiomas diferentes no app.
  • Até o dia 30 de maio, clientes da plataforma de marketplace do Nubank terão acesso sem custos à versão paga do app de idiomas. O Duolingo é sempre gratuito, mas a versão Plus oferece aprendizado com recursos extras e sem contar com anúncios.
  • Para resgatar o benefício, o cliente do Nubank deve acessar até 30 de maio a área de Shopping no aplicativo do Nubank e validar o voucher diretamente no site do Duolingo.
  • “Esta parceria com o Nubank é uma oportunidade de apresentar a plataforma para mais pessoas e de reforçarmos nosso compromisso com o acesso à educação de idiomas gratuita e de qualidade. Para isso, contamos com o Duolingo Plus, que ajuda a financiar este propósito, além de apoiar nossos produtos no Brasil e no mundo”, explica a diretora de marketing do Duolingo no Brasil, Analigia Martins.
  • A missão da empresa é desenvolver a melhor educação do mundo e torná-la universalmente disponível, acrescenta o Duolingo. A plataforma de ensino de idiomas oferece mais de 100 cursos em 40 idiomas diferentes, desde espanhol, francês, alemão e japonês até Alto Valiriano e Klingon.
  • Após o período de dois meses do voucher, os usuários poderão continuar a ter acesso à versão paga e apoiar a missão da empresa por meio da assinatura – que custa R$ 29,99 no plano mensal e R$ 14,99/mês no plano anual. Há opções de assinar por um total de R$ 179,99 em pagamento único ou R$ 269,99 no plano família (para até seis pessoas).

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CPFL (CPFE3) compra CEEE-T por R$ 1,12 bi em leilão

  • A CPFL (CPFE3) informou nesta quarta-feira (6) que a controlada CPFL Comercialização de Energia Cone Sul comprou a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-T) em leilão.
  • O resultado foi a aquisição de 3.095.570 ações ordinárias de emissão da CEEE-T, equivalentes a 32,56% do total, e a compra de 109.251 ações preferenciais de emissão da companhia, representativas de 72,08%.
  • O valor por ação adquirida foi de R$ 349,29 cada, o que soma R$ 1,12 bilhão na operação. A Eletrobras (ELET3), que vendeu sua participação na CEEE-T, divulgou que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações “está contemplada no Plano de Alienação de participações societárias minoritárias da Eletrobras”, diz o comunicado.
  • A CPFL diz em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que a liquidação financeira das aquisições realizadas no leilão será na próxima sexta-feira (8). Ainda restarão 0,32% de ações ordinárias e 27,2% de ações preferenciais em livre circulação.
  • Após a liquidação da transação, a CPFL Cone Sul se torna a titular de 99,26% do capital social da CEEE-T, com 9.586.729 de ações. Do total, 9,5 serão ordinárias e 110,4 mil preferenciais.

Eletrobras (ELET3): TCU quer reajuste no preço por ação na privatização

  • A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que seja reajustado o preço mínimo que o governo pretende pedir por ação na privatização da Eletrobras (ELET3), estatal com foco em geração e transmissão de energia. A revisão deve ser feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável por modelar o processo por meio do qual a União vai emitir mais ações e reduzir sua participação na companhia – de cerca de 60% para 45%.
  • A conclusão da análise da segunda etapa da desestatização da Eletrobras é esperada com grande expectativa pelo governo, que começou uma ofensiva junto aos ministros do órgão fiscalizador para conseguir a aprovação até 13 de abril. Em busca de acelerar a análise, a equipe do governo fez uma ofensiva nos gabinetes dos ministros do TCU para defender a venda da empresa no prazo desejado. Mas o relator do caso, Aroldo Cedraz, jogou por água abaixo os planos do governo de concluir a votação na Corte até esta quarta, 6, ao marcar um debate para quinta, 7.
  • A área técnica não diz em quanto será preciso reajustar o preço mínimo por ação (que ainda está sob sigilo), mas aponta que o BNDES teria deixado de levar em conta na precificação o valor das empresas subsidiárias ao grupo Eletrobras (Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Eletronuclear). No governo, os ajustes foram considerados de fácil aplicação.
  • O TCU dividiu a análise da segunda etapa da privatização em três partes: avaliação econômico-financeira da operação, due diligence contábil e jurídica (que consiste na análise detalhada dos documentos da empresa) e, por fim, modelagem da privatização. O parecer foi concluído pelos técnicos há duas semanas e também já passou pela análise do Ministério Público junto ao TCU. Agora, cabe ao ministro-relator levar o processo ao plenário, em data ainda sem previsão.

Da Petrobras a Eletrobras, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Victória Anhesini

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