Para o Professor Baroni, especialista em fundos imobiliários da Suno Research, os anos de 2022 e 2023 serão marcados por dividendos robustos para os cotistas de FIIs.
Repórter: Monique Lima
Isso porque o mercado imobiliário vive um período "atípico" neste ano, que deve se prolongar até meados do próximo.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, os fundos de tijolo passaram por uma grande desvalorização em termos de valor de mercado.
Porém, em valor patrimonial, esses fundos permanecem bem estruturados, com boas receitas e ótimos fundamentos, conta o professor.
Enquanto isso, os fundos de papel dispararam com o aumento da inflação e dos juros, que melhoram os valores de pagamentos dos FIIs.
Segundo Baroni, os fundos de tijolo estão entregando hoje dividendos com uma base de pagamento de 8% a 9% ao ano, um padrão alto para o ativo.
Já os fundos de papel estão dando um retorno ao acionista de 12% a 13% ao ano – também um percentual acima da curva.
Porém, no longo prazo, esses valores devem mudar...
... Com a queda da inflação e diminuição dos juros, os FIIs de papel vão diminuir o pagamento de rendimentos.
Enquanto os fundos de tijolo devem continuar no mesmo patamar de renda por estarem bem posicionados em termos de portfólio e aluguel.
O que estamos vendo é um fenômeno que permite uma carteira muito bem defendida com yields híbridos entre papel e tijolo, numa faixa média de 10% de retorno ao ano. Isso é realmente uma raridade."