Itaúsa (ITSA4) e Votorantim propõem R$ 4,1 bi por fatia da Andrade Gutierrez na CCR (CCRO3)

A CCR (CCRO3) confirmou que recebeu nesta quarta (23) proposta conjunta da Itaúsa (ITSA4) e Votorantim para comprar participação de 14,86% da Andrade Gutierrez na companhia que administra rodovias e aeroportos no Brasil.

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A notícia foi divulgada quatro meses após a gestora de investimentos IG4 ter sua proposta recusada pela mesma participação. Itaúsa e Votorantim formalizaram um acordo de exclusividade com a Andrade Gutierrez para a aquisição de sua fatia na CCR. A participação teria sido avaliada em mais de R$ 4,1 bilhões,  com o preço de R$ 13,75 por ação.

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O transação que envolve a Itaúsa e a Votorantim ainda terá de ser chancelado pela Mover (ex-Camargo Corrêa) e a construtora e empresa de participações Soares Penido, que são acionistas do bloco e terão 60 dias para exercer o direito de preferência na compra das ações da CCR.

Depois da saída da IG4 do páreo, em função da não concordância de alterações no acordo de acionistas da CCR, a venda da fatia passou a ser liderada pelo BTG Pactual (BPAC11), atuando pela Andrade Gutierrez.

Neste novo processo, a IG4 também apresentou proposta, por meio de um veículo de investimento no Peru. A venda permitirá à Andrade quitar dívida com bancos e a gestora Quadra, que tinham essas ações como garantia.

A Itaúsa está com dinheiro em caixa, após obter R$ 3 bilhões com a venda ações da XP, em duas operações, uma em dezembro e outra anunciada nesta terça-feira. E ainda anunciou que pode vender mais R$ 3,6 bilhões este ano.

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Segundo fato relevante publicado pela Itaúsa, a proposta em conjunto com a Votorantim apresentou “oferta não vinculante para aquisição da totalidade das ações detidas pela Andrade Gutierrez.”

A holding que controla o Itaú (ITUB4) acrescenta que “o objeto da proposta não vinculante considera a aquisição de 300.149.836 ações da CCR, representativas de 14,86% de seu capital total, com investimento total de aproximadamente R$ 4,1 bilhões. Desse total, a Itaúsa poderá adquirir 208.669.918 ações, representativas de 10,33% do capital total da CCR, com investimento total de R$ 2,9 bilhões.” A Votorantim pagará R$ 1,3 bi pela compra da fatia.

A nota diz ainda: “A conclusão da transação está condicionada à realização de due diligence, à negociação dos documentos definitivos, ao cumprimento de certas condições precedentes usuais para operações dessa natureza e à celebração de acordo de acionistas para refletir a nova governança.”

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A Itaúsa poderá, segundo o comunicado, “fazer uso de recursos próprios e/ou realizar captação por instrumento de dívida de longo prazo para financiar a aquisição.”

A CCR, fundada em 1999, atua nos segmentos de concessão de rodovias, mobilidade urbana, aeroportos e serviços. É uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura e mobilidade da América Latina, lembra o documento da Itaúsa. “Esse potencial investimento reúne características fundamentais da estratégia de alocação eficiente de capital da Itaúsa, que considera empresas líderes em seus setores de atuação, com fluxo de caixa estável e impacto positivo para a sociedade, bem como parceiros estratégicos com visão de longo prazo e experiência comprovada no setor de atuação.”

Com Estadão Conteúdo

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Marco Antônio Lopes

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