A Heineken protocolou uma petição no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) acusando a Ambev (ABEV3) de controle de mercado, fechando contratos de exclusividade com bares em mais de 10 capitais
No protocolo, a Heinken mostra um levantamento em que bares de alguns bairros inteiros têm contratos de exclusividade, e por isso não podem vender cervejas de outras marcas.
No estudo, o grupo holandês identificou ao menos 11 capitais em que bares possuem esse contrato.
O Cade havia firmado com a Ambev um compromisso que limitava contratos de exclusividade de venda.
A Ambev se comprometeu a limitar a 8% a quantidade de pontos de venda de cerveja, contabilizados por regiões definidas no acordo, e 10% o volume de vendas dos pontos de venda com os quais a empresa mantém algum relacionamento de exclusividade.
No entanto, esse termo expirou em 2020.
Fontes familiarizadas com a Heineken disseram ao jornal Valor Econômico que avaliam que o Cade deve assumir uma postura mais dura dessa vez com a Ambev.
Segundo dados de consultorias de mercado, a Ambev detém cerca de 60% das vendas de cerveja no Brasil.
Em resposta ao SUNO Notícias a Ambev disse que as práticas de mercado são regulares e respeitam a legislação concorrencial brasileira.