Braskem (BRKM5) planeja cisão e IPO do seu ‘braço ESG’, diz jornal

A Braskem (BRKM5) planeja uma mudança na sua estrutura de negócios, com uma cisão da sua divisão que lida com os biopolímeros – conhecidos como plástico verde. A informação foi apurada com fontes que estão a par do negócio pelo Valor Econômico.

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Este braço da Braskem é avaliado em cerca de US$ 2 bilhões, e atualmente a companhia busca investidores estratégicos. O Citi já foi contatado como possível assessor para que seja levantado capital.

A intenção da Braskem, ainda controlada pela Novonor (ex-Odebrecht) é de levantar uma cifra de US$ 500 milhões. Contudo, os meios para que isso ocorra ainda não foram definidos.

A estimativa é de que nos próximos dois ou três meses a petroquímica tenha a definição de qual operação deverá ser feita para que o capital possa ser levantado.

Atualmente são sondados diversos investidores em potencial, como o fundo Advent – que chegou a recusar a entrada por conta da fatia minoritária que deteria com o negócio.

Além disso, a companhia não descarta uma oferta via Special purpose acquisition company (SPAC) – termo para descrever as empresas com propósito específico de aquisição. Em suma, trata-se de um negócio que é criado com listagem em bolsa, mas sem ativos.

Após a veiculação da notícia sobre a cisão na mídia, a Braskem veio a público se pronunciar sobre as informações.

“A Companhia esclarece que analisa constantemente o seu portfólio de ativos, mas que não existe, até o momento, qualquer compromisso ou obrigação, ainda que preliminar, sobre qualquer transação em relação a eventual cisão e IPO ou qualquer outra transação envolvendo o negócio de biopolímero”, diz a Braskem.

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Além disso, destacou que possui uma meta de 1 milhão de toneladas em plástico verde até 2030 e “vem trabalhando para a entrega de tal compromisso por meio de potenciais parcerias estratégicas e financeira”.

Há a possibilidade de a cisão da Braskem destravar valor para os acionistas, já que o valuation deste braço da companhia não estaria embutido nos indicadores da petroquímica.

Braskem mira expansão de capacidade com negócio

Com o capital em mãos, a empresa deve financiar a sua expansão de capacidade de produção para produtos como bioetileno, polietileno verde e outros produtos químicos a base de monoetilenoglicol (MEG).

A meta é de uma capacidade instalada de 1 milhão de toneladas de plástico produzidas até o fim de 2030. Atualmente, a produção anualizada é de 20% desse total, de 200 mil toneladas ao ano.

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Para atingir essa meta, os investimentos devem ser de US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão.

Atualmente a empresa já é a maior produtora de biopolímeros do mundo, investindo atualmente uma cifra de US$ 90 milhões para ampliar a produção de eteno verde no polo de Triunfo (RS), com início de operação em dezembro deste ano.

Esse aporte já seria responsável pelo aumento da capacidade instalada, já que a produção de PE verde subirá de 200 mil toneladas anuais para 260 mil toneladas anuais.

Além disso, a companhia deve instalar uma outra fábrica na Tailândia, para erguer outras duas unidades produtivas. Não há projeto de nova expansão em Triunfo, contudo, o complexo ainda pode ser alvo de novos investimentos.

No seu negócio em solo tailandês, a Braskem já firmou um memorando com a SCG Chemicals, uma das maiores petroquímicas do país, como modo de avaliar investimento em uma nova planta de desidratação de bioetanol para obtenção de etileno verde e produção de biopolietileno.

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Eduardo Vargas

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