Ibovespa cai mais de 2% com empresas enfrentando adversidades

O Ibovespa encerrou em queda de 2,69%, nesta segunda-feira (13) na B3 (Brasil, Bolsa Balcão), com 91.726,54 pontos.

A queda foi influenciada por diversas problemáticas restritas às empresas do índice acionário Ibovespa, além do avanço da guerra comercial e a queda de expectativa do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

A pontuação mínima do Ibovespa foi de 91.599,97 pontos e a máxima de 94.252,49 pontos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/11/1420x240-Banner-Home-1-1.png

Guerra comercial: China também anuncia tarifas

A China anunciou que vai aumentar as tarifas sobre US$ 60 bilhões de produtos norte-americanos. A medida ocorre como retaliação aos Estados Unidos por elevarem as taxas sobre importações de produtos chineses (de 10% para 25%).

A elevação da tarifa da China será aplicada a 5.140 produtos norte-americanos a partir de 1 de junho. As informações foram dadas pelo Ministério das Finanças.

A consolidação da continuação da guerra comercial assusta o mercado, e os principais índices acionários de todo o mundo encerraram em desvalorização, assim como o Ibovespa.

Saiba mais – China também anuncia aumento de tarifas sobre produtos dos EUA

Boletim Focus e Itaú Unibanco reduzem crescimento do PIB em 2019

O Itaú Unibanco (ITUB4) piorou nesta segunda-feira (13) as estimativas para o PIB do Brasil para 2019. De acordo com as novas projeções, o PIB para este ano deve ter expansão de 1%. Antes, esse número era de 1,3%.

Em paralelo, os economistas entrevistados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus reduziram pela 11ª vez a previsão de crescimento do PIB em 2019.

Assim, no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13), a expansão da economia brasileira para este ano está prevista em 1,45%. Contra previsão de 1,49% da semana passada.

CVC e Suzano tem novo dia de queda no Ibovespa

A CVC (CVCB3) encerrou em baixa novamente. Na última sexta-feira (10), os papeis da agência de viagens fecharam em contração de 8,58% a R$ 53,62.

O fato ocorre devido às despesas extras que a CVC teve no primeiro trimestre de 2019. Com a recuperação judicial da Avianca, e o consequente cancelamento de mais de dois mil voos.

Assim, para a CVC, os gastos com reacomodações e reembolsos somaram R$ 10,2 milhões entre janeiro e março deste ano.

A Suzano (SUZB3) também repercute sua divulgação de balanço, e o mercado financeiro tem aversão a risco nas negociações dos papeis da empresa de papel e celulose.

No primeiro trimestre de 2019, a Suzano obteve prejuízo líquido de R$ 1,23 bilhões no primeiro trimestre de 2019.

Saiba mais – Suzano tem prejuízo de R$ 1,23 bi no 1º trimestre e ações caem 8% na B3 

Azul e Gol caem com mercado perdendo paciência para negociações

As perdas da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4) tiveram início após a divulgação da nova proposta de compra, feita pela Azul, à Avianca Brasil.

A Azul deseja comprar uma Unidade Produtiva Isolada (UPI) da companhia aérea em recuperação judicial por US$ 145 milhões (cerca de R$ 573 milhões).

Esta é a terceira oferta feita por uma companhia aérea à Avianca para adquirir UPI:

  1. Em 11 de março, a Azul ofereceu US$ 105 milhões por uma única UPI;
  2. Em 3 de abril, a Latam e a Gol sugeriram a criação de 7 UPIs; cada empresa, então, daria um lance mínimo de US$ 70 milhões por uma UPI.

Apesar da proposta da Latam e da Gol de criação de sete UPIs ter sido aprovada em assembleia de credores, o leilão foi suspenso no último dia 7. Não há data prevista para reagendamento do leilão.

Saiba mais – Gol, Azul e CVC em queda após nova proposta para UPI da Avianca

Sabesp também tem novas perdas

Após encerrarem com baixa de 5,59%, sendo cotadas as R$ 43,24, na última sexta-feira (10), as ações da Sabesp (SBSP3) tiveram nova retração nesta segunda-feira.

As desvalorizações ocorreram após a divulgação do balanço referente ao primeiro trimestre de 2019. Apesar de alta de 11,5% no lucro líquido, as despesas da Sabesp subiram 75,6% e o resultado financeiro foi negativo.

Saiba mais – Sabesp tem segunda perda consecutiva na B3 e cai 6%

Braskem pode ser deslistada da NYSE

Nesta data, a Braskem divulgou fato relevante informando que não conseguirá cumprir o prazo para entrega do Formulário 20-F, referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017. O anúncio logo atraiu os papeis para baixo.

O prazo para a companhia realizar a entrega ao órgão regulador de valores mobiliários dos Estados Unidos vai até o dia 16 de maio de 2019.

O relatório deve ser entregue anualmente, a fim de que a companhia mantenha a permissão para negociar seus papeis na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Portanto, a companhia poderá perder a listagem nos EUA.

“Não há mais possibilidade de extensão do prazo. A NYSE suspendeu a negociação da Companhia e dará início ao processo de deslistagem da NYSE”, informou a Braskem.

Saiba mais – Braskem pode perder listagem na Bolsa de Nova York e ação cai na B3

Bolsas internacionais

  • Nasdaq (Estados Unidos): baixa de 3,41%
  • FTSE 100 (Reino Unido): baixa de 0,55%
  • Nikkei (Japão): baixa de 0,72%
  • CAC40 (França): baixa de 1,22%

Maiores altas do Ibovespa

  • VVAR3 alta de 2,6% (R$ 4,73)
  • BRFS3 alta de 0,33% (R$ 29,98)
  • BBSE3 baixa de 0,36% (R$ 28,00)
  • EGIE3 baixa de 0,54% (R$ 42,34)
  • CSAN3 baixa de 0,6% (R$ 44,49)

Maiores quedas do Ibovespa

  • CVCB3 queda de 7,68% (R$ 49,50)
  • GOLL4 queda de 7,02% (R$ 23,71)
  • BRKM5 queda de 6,99% (R$ 37,25)
  • SBSP3 queda de 6,99% (R$ 42,60)
  • SUZB3 queda de 5,41% (R$ 38,13)
Amanda Gushiken

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno