Telefônica vai pagar US$ 4,1 mi à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA

A Telefônica Brasil, proprietária da Vivo, aceitou pagar a multa de US$ 4,1 milhões à U.S. Securities and Exchange Commission (SEC, comissão de valores mobiliários norte-americana).

De acordo com o órgão regulador, a multa que será paga pela Telefônica se refere a compra de ingressos e oferta de programas de hospitalidade durante a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.

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A SEC ainda afirmou que a Telefônica Brasil deu ingressos das competições para autoridades brasileiras que pudessem influenciar na aprovação de leis e negócios que incluíam a empresa.

O órgão ainda afirmou que a companhia não informou os pagamentos em seus registros e que além disso, não aplicou as políticas corporativas anticorrupção e antissuborno. Dessa forma a SEC acabou multando a empresa por violar registros financeiros e controles de provisão de protestos no “Foreign Corrupt Practices Act”, a lei americana que rege os crimes de corrupção comercial internacional.

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Telefônica sobre as acusações

Seguindo parte do acordo que foi divulgado na última quinta-feira (9) pela SEC, a companhia não admitiu e nem negou as acusações que foram feitas.

De acordo com a empresa, “a Telefônica tem um forte código de ética, e a empresa continua a fortalecer seu programa anticorrupção e de compliance para assegurar o futuro da aplicação de leis e regulações”.

Em 2012, a empresa comprou 1.860 tíquetes para a Copa do Mundo de 2014, segundo o órgão regulador. O valor total dos ingressos foi de US$ 5,1 milhões e a compra foi aprovada por um comitê executivo.

A companhia registrou as compras em três cotas, onde duas delas eram “eventos institucionais de publicidade” e uma como “propaganda e publicidade”.

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No entanto, de acordo com a SEC, os registros não mencionam se os ingressos seriam repassados a autoridades do governo durante a Copa das Confederações de 2013, embora fosse de conhecimento interno.

As ADR’s da Telefônica Brasil são registradas na SEC e negociadas na bolsa de valores de Nova York.

Renan Bandeira

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