Petrobras (PETR4) diz que ‘observa redução dos preços’ de petróleo, mas não adiantará decisões

Em resposta às pressões políticas sobre a política de preços, a Petrobras (PETR4) divulgou nota nesta sexta-feira (18) afirmando que “observa a redução dos níveis de preços internacionais de derivados”, e que tem sensibilidade quanto aos preços praticados mas que não pode antecipar decisões sobre o reajuste de preços.

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Na semana passada, a estatal entrou na linha de fogo do governo após anunciar aumento de de 18,8% no preço de venda da gasolina às distribuidoras, de 24,9% no diesel e de 16,1% no gás de cozinha. A Petrobras estava há 57 dias sem aumentar o preço da gasolina e diesel e 152 dias sem elevar o preço do gás.

A medida foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, que voltou a cobrar a redução dos preços. “A gente espera que a Petrobras (PETR4) acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda certeza fará isso daí”, disse durante cerimônia no Palácio do Planalto na terça-feira (15).

Ao enfrentar resistência dentro da estatal, a estratégia do governo é trocar o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, pelo atual presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.

Em nota, a estatal afirmou que: “Nos últimos dias, observamos redução dos níveis de preços internacionais de derivados, seguida de forte aumento no dia de ontem”.

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“Seguimos em ambiente de muita incerteza, com aumento na demanda por combustíveis no mundo, num momento em que os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia impactam a oferta, gerando uma competição no mundo pelo fornecimento de produtos, o que reforça a importância de que os preços no Brasil permaneçam alinhados ao mercado global para assegurar a normalidade do abastecimento e mitigar riscos de falta de produto”, adicionou.

Segundo a companhia, a covid-19 e, mais recentemente, as tensões geopolíticas na Europa adicionam mais um componente de volatilidade ao mercado internacional de petróleo. A Petrobras também reforçou que não repassou de imediato a disparada dos preços aos valores praticados.

“Esse movimento da companhia foi no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que, antes da Petrobras, já haviam promovido ajustes nos seus preços de venda, e necessário para que o mercado brasileiro continuasse sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.”

Conforme reforçou, a Petrobras diz que segue todos os ritos de governança e busca um equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo que evita repassar para os preços internos as volatilidades das cotações internacionais e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.

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Pedro Caramuru

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