Dólar cai com apetite por risco no exterior

O dólar opera em baixa na manhã desta quarta-feira (16), após subir nas últimas quatro sessões, em meio ao rali nas bolsas internacionais. O petróleo está volátil e retomou a alta, enquanto o minério de ferro deu um salto de 6,65% hoje na China. Os juros dos Treasuries sobem também e o dólar cede em meio a sinais de avanço nas negociações entre Moscou e Kiev para cessar fogo na Ucrânia. Na terça-feira, a Ucrânia acenou à Rússia de que pode renunciar à entrada na Otan em troca da retirada de tropas russas do país.

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Hoje, o Kremlin afirmou que uma Ucrânia neutra com seu próprio exército é uma “possível opção de compromisso”, segundo a agência de notícias russa Interfax. Os ministros de defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se reúnem em sessão extraordinária nesta quarta-feira, na Bélgica.

Às 10h50, o dólar hoje caía 0,52%, a R$ 5,13. O dólar futuro para abril cedia 0,71%, a R$ 5,14.

Os investidores globais precificam ainda os ganhos fortes dos mercados de ações na Ásia, após o vice-premiê chinês Liu He afirmar hoje que o governo irá adotar políticas favoráveis aos mercados de capitais, tomar medidas para evitar e contornar riscos no setor imobiliário e que reguladores chineses e dos EUA avançaram em conversas sobre empresas chinesas com ações listadas nos EUA.

Há compasso de espera ainda pelas decisões de juros do Fed e do Copom, à tarde. Para a decisão do Fed, é esperada a primeira elevação de juros desde 2018, de 25 pontos base, aposta quase unânime entre especialistas, diante da pressão inflacionária, e os investidores buscarão indicativos sobre a continuidade do aperto monetário neste ano.

Para o Copom, a expectativa majoritária é de alta da taxa Selic de 1 ponto porcentual, para 11,75% ao ano, e que poderá deixar a porta aberta para continuidade do ciclo de aperto.

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“Uma ‘super quarta-feira’, com duas reuniões importantes, Copom no Brasil e FOMC nos EUA. No Brasil, com o recuo recente do barril de petróleo por estes
dias, em torno de US$ 100, aumentam as chances de que o juro seja ajustado em 1,0 ponto, de 10,75% a 11,75%, e não mais 1,25 pp como antes se previa”, informou o relatório da Mirae Asset.

Além disso, prometida no início do ano, a redução gradual do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o câmbio foi oficializada ontem. O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto com a redução escalonada do tributo, que será diminuído em etapas até ser zerado em 2028.

A possível votação da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado está no radar também nesta manhã bem como as medidas em discussão no governo para baixar também os preços da gasolina.

A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, afirmou ontem à noite que o projeto de lei para desonerar o PIS/Cofins da gasolina, defendido por Bolsonaro, vai sair do Congresso, e não do governo. Ela afirmou também que a proposta de criar um fundo de estabilização dos combustíveis – aprovada no Senado e parada na Câmara – terá de ser revista, porque “a Economia não aprova o projeto”.

Segundo operadores, o IGP-10 de março confirmou uma desaceleração ante fevereiro, que foi maior que a mediana esperada pelo mercado, mas fica em segundo plano porque não captou o reajuste dos combustíveis no Brasil a partir da última sexta-feira, dia 11.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (15), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,76%, negociado a R$ 5,15.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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