Dólar fecha em queda de olho na guerra comercial EUA-China
O dólar encerrou esta sexta-feira (10) em queda de 0,235%, negociado a R$ 3,9443. O mercado continua mostrando preocupação com as negociações entre Estados Unidos e da China para evitar uma guerra comercial.
A moeda norte-americana iniciou o dia operando em alta, com um crescimento de 0,152% sendo negociado a R$3,9584. Por volta do meio-dia a cotação do dólar chegou ao pico de 3,9700. A partir daquele momento começou uma queda, chegando a mínima de R$ 3,9428 por volta das 16h30.
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No acumulado da semana o dólar registrou um leve avanço de 0,16%, enquanto no ano acumula uma alta de 1,83%.
Confira como fecharam o euro e a libra nesta quinta:
- Euro: alta de 0,28% a R$ 4,4407.
- Libra esterlina: queda de 0,008% a R$ 5,1419.
Guerra comercial
Nesta sexta entrou em vigor o imposto de aumento nas tarifas sobre importações chinesas avaliadas em US$200 bilhões. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha anunciado esse aumento no último domingo (5), afirmando que as taxas de importação passariam de 10% à 25% atingindo US$ 200 bilhões de produtos.
Na última quinta-feira (9) a China e os EUA retornaram as negociações, no entanto, o país asiático não conseguiu impedir o aumento das tarifas. Em um comunicado, a China informou que pretende retaliar, mas não especificou a modalidade. O Ministério do Comércio de Pequim lamentou a medida de Trump, mas acredita que os dois países podem evitar uma guerra comercial.
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Nesta sexta Trump afirmou que não tinha pressa em assinar um acordo com os chineses. O presidente dos Estados Unidos escreveu em seu Twitter que aumentar as tarifas traz “muito mais ganhos para o nosso país do que até mesmo um acordo tradicional fenomenal”.
Reforma da Previdência
O presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, Marcelos Ramos (PR), afirmou que “hoje, o maior inimigo da reforma [da Previdência] é o próprio governo”.
Segundo o presidente da comissão especial, o governo não tem articulado a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência de forma que beneficie sua aprovação no Congresso Nacional.
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Ramos atribui a retirada dos pontos do texto da reforma previdenciária como um uma derrocada na tramitação da proposta. O presidente da comissão participou de evento da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta.
Ainda de acordo com o deputado, mesmo que a reforma da Previdência seja aprovada em 2019, o ano já está perdido em termos de Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar da projeção pessimista, o político do PR destacou que sem a aprovação pelo Congresso Nacional das mudanças na aposentadoria, “o futuro é de caos absoluto”.
“Ela [reforma previdenciária] não vai resolver todos os nossos problemas. E no dia seguinte à aprovação, não vamos viver em um mundo de prosperidade”, afirmou.
Leilão do Banco Central
Na sessão dessa sexta, o Banco Central (BC) vendeu todos os 5.050 swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares. O vencimento dos papeis está fixado em julho.
Nas sete operações em maio, o BC já rolou US$ 1,768 bilhão em um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado chegou até US$ 68,863 bilhões.
Na última quarta-feira (8) o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter em 6,5% a taxa básica de juros do País (Selic). Essa foi a 9ª vez seguida que o Banco Central mantém a Selic invariada, por causa do ritmo lento de recuperação da economia
Última cotação do dólar
Na última sessão, na quinta-feira (9), o dólar subiu 0,519% sendo negociado a R$3,9536.