Aliansce (ALSO3) aumenta em 11% proposta para comprar BrMalls (BRML3), diz jornal
A novela da tentativa de compra da BrMalls (BRML3) pela Aliansce Sonae (ALSO3) ganhou um novo capítulo nesta semana. Segundo o colunista Lauro Jardim, de O Globo, a Aliansce aumentou a proposta pela concorrente em 11%.
De acordo com a coluna, a expectativa é que, neste valor, a proposta poderá ser aprovada pela assembleia de acionistas da BrMalls.
Histórico de negociações entre BrMalls e Aliansce
Em janeiro, a Aliansce divulgou em fato relevante ao mercado a proposta de combinação dos negócios com a BrMalls, ao entender que a fusão teria a “capacidade de fortalecer os negócios da companhia combinada, aproveitando os talentos e as melhores práticas de cada uma das companhias, criando oportunidade única de geração de valor para os acionistas”.
Em resposta, a BrMalls declarou que a proposta não-solicitada havia sido rejeitada de forma unânime pelo conselho de administração por entender que “subavalia, consideravelmente, o valor econômico justo da BrMalls e do seu portfolio de ativos”.
A proposta, feita pela Aliansce, foi considerada uma “fusão de iguais”, uma vez que os acionistas de cada grupo teriam uma participação de 50% no conglomerado formado.
Os acionistas da BrMalls também receberiam R$ 1,35 bilhão em dinheiro para cobrir parte da diferença de valor de mercado entre ambas, de R$ 7,8 bilhões da BrMalls e de R$ 5,7 da Aliansce, segundo dados do Status Invest.
Nos bastidores, a BrMalls classificou o negócio como uma tentativa de aquisição sem pagamento do prêmio de controle, uma vez que os atuais controladores da Aliansce ficariam com 24,5% do novo grupo combinado, o que lhes daria na prática a condução do negócio.
Apesar da recusa categórica, no começo deste mês a BrMalls anunciou que iniciou conversas preliminares com outra competidora, a Ancar Ivanhoe, envolvendo a combinação de seus portfólios, “sem contudo haver qualquer definição sobre os termos e condições de eventual operação”.
Desde então, a Aliansce tem procurado outros acionistas para formar um bloco favorável à fusão e fontes indicam que o número supere 20% da base. A Aliansce avalia que as sinergias da combinação dos negócios gere R$ 210 milhões por ano e compensam a ausência de prêmio. A BrMalls, entretanto, questiona a conta.