Brasil se beneficia em US$ 8,1 bi com guerra comercial entre EUA e China

De acordo com os dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a disputa comercial entre China e Estados Unidos beneficiaram as exportações brasileiras. Segundo o levantamento, as exportações tiveram uma alta de US$ 8,1 bilhões. No entanto, a CNI ressalta que a guerra comercial não é indicada para nenhum país no médio e longo prazo, mas no curto o Brasil tem se beneficiado.

“O principal impacto da guerra comercial foi com o aumento das exportações do Brasil para a China. Percebemos que a China fez um lista bem cirúrgica, atacando produtos americanos importantes. O caso da lagosta é icônico,” afirma o gerente-executivo de Assuntos Internacionais da CNI, Diego Bonomo. Além disso, ele afirma que os EUA não importa mais lagosta para os chineses.

Ademais, Bonomo reitera que o aumento de exportações americanas não necessariamente tem relação com a guerra comercial. “A penetração dos produtos brasileiros para os Estados Unidos também aumentou de um ano para o outro, mas não percebemos relação direta com a disputa entre eles,” afirma.

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Resultados

A CNI cruzou ao todo dados dos 382 produtos americanos que tiveram os impostos de importação elevados subitamente. E concluíram que o maior valor de exportação veio por meio da soja. No ano passado os produtores chineses compraram cerca de US$ 7 bilhões a mais de soja. Essa comparação é feita de 2018 com seu ano anterior, 2017.

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“O Brasil, por ser o maior exportador de soja do mundo, é naturalmente a primeira opção na falta de competitividade de outras economias”, afirma a confederação.

As vendas nacionais passaram de US$ 22,589 bilhões para US$ 30,706 bilhões. Além disso, tiveram crescimento em exportações os seguintes produtos:

  1. tabaco com crescimento de 521%;
  2. fígados, ovas e gônadas masculinas subiu 421,6%;
  3. e lagostas com 327,8%;
  4. milho aumento de 376,3%.

Com a guerra comercial o Brasil conquistou outro mercados na China como:

  • carne bovina;
  • pedaços e miudezas de galos e galinhas;
  • algodão;
  • sucos de laranja;
  • caixas de marchas;
  • castanha do Pará;
  • peixes ornamentais;
  • e caixas de marchas e suas partes para veículos e automotores.

Ademais, a pesquisa revela que as importações do Brasil da lista de produtos da China que sofreram com aumento de alíquota de Trump, aumentaram 12% entre 2018 e 2017.

Poliana Santos

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